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Banca de DEFESA: MARCUS AUGUSTO DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCUS AUGUSTO DE OLIVEIRA
DATA: 04/12/2018
HORA: 14:00
LOCAL: SALA SAT-06/ICB/UFPA.
TÍTULO:

EM DIREÇÃO À COSTA BRASILEIRA FUGINDO DO INVERNO: ROTAS MIGRATÓRIAS CONTRASTANTES E PLASTICIDADE DIFERENCIAL DOS ASTRÓCITOS HIPOCAMPAIS


PALAVRAS-CHAVES:

aves marinhas, migração, hipocampo, morfologia dos astrócitos, Charadrius semipalmatus, Calidris pusilla.


PÁGINAS: 61
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO:

Um dos maiores eventos sazonais do planeta é a migração de aves partindo do polo Ártico em direção ao hemisfério sul fugindo do inverno e retornando ao Ártico durante a primavera para o período reprodutivo. Bilhões de indivíduos precisam se lembrar das rotas aprendidas durante essa jornada épica, e encontrar os mesmos lugares para descansar e se alimentar. Esses pássaros podem navegar milhares de quilômetros com grande precisão, utilizando-se de suas memórias espacial e temporal associadas ao hipocampo, uma área-chave para a realização dessa tarefa. Recentemente, demonstramos que o maçarico semipalmado Calidris pusilla, depois de atravessar o Atlântico em direção à costa da América do Sul, revelou mudanças significativas em seus astrócitos do hipocampo. De fato, os astrócitos do hipocampo das aves capturadas no litoral de Bragança no Brasil, em comparação com os do hipocampo de indivíduos capturados na Baía de Fundy, no Canadá, eram menos numerosos e exibiam ramos encolhidos. No presente trabalho, utilizamos outro maçarico semipalmado, o Charadrius semipalmatus, que apesar de ter os mesmos pontos de início e término de migração do C. pusilla, usa uma estratégia migratória diferente, realizando um voo sobre o continente com paradas para descanso e alimentação ao longo da rota. Apropriando-nos da oportunidade oferecida pelos voos migratórios contrastantes, testamos a hipótese de que os astrócitos de pássaros em período de invernada da espécie C. semipalmatus capturados no litoral de Bragança (Brasil) mostrariam maiores complexidades morfológicas do que os astrócitos do hipocampo dessas aves migratórias capturadas na Baía de Fundy (Canadá). Baseados no fato de que as paradas para repouso e alimentação, assim como a mudança constante na paisagem constituiriam um ambiente enriquecido esperávamos encontrar um aumento da complexidade em C. semipalmatus em vez da redução em complexidade encontrada previamente em C. pusilla. Para testar essa hipótese, comparamos as características morfológicas tridimensionais (3-D) dos astrócitos do C. semipalmatus adultos capturados na Baía de Fundy (n = 250 células) com as das aves capturadas na região costeira de Bragança, Brasil, durante o período de invernada (n = 250 células), e comparamos com os resultados obtidos com o C. pusilla. O programa Neurolucida foi utilizado para reconstruções tridimensionais e a análise de agrupamentos hierárquicos de astrócitos foi usada para classificar células. Essa análise mostrou duas famílias de astrócitos, que denominamos Tipo I e Tipo II, com base em várias características morfológicas. Contrariando nossa expectativa, os fenótipos Tipo I e Tipo II mostraram em média, independente da espécie, menor complexidade morfológica após a migração e essa variação foi significativamente maior no Tipo I do que no Tipo II. As magnitudes dessas alterações na complexidade morfológica foram significativamente maiores em C. pusilla do que em C. semipalmatus. Em conjunto, essas descobertas sugerem que estratégias contrastantes de voo migratório de longa distância podem afetar diferencialmente a morfologia dos astrócitos e que morfologias distintas de astrócitos podem estar associadas a diferentes papéis funcionais durante a migração.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 326314 - CRISTOVAM WANDERLEY PICANCO DINIZ
Interno - 1528250 - MARCIA CONSENTINO KRONKA SOSTHENES
Externo ao Programa - 1546500 - JOAO BENTO TORRES NETO
Externo ao Programa - 2375270 - ROSEANE BORNER DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 28/11/2018 10:49
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