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Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLOS ANTONIO DA COSTA JUNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS ANTONIO DA COSTA JUNIOR
DATA: 18/05/2012
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório "Prof. Dr. João Paulo do Valle Mendes"/ICB/UFPA
TÍTULO:

ANÁLISES MOLECULARES DA ALÇA-D NO DNA MITOCONDRIAL

DE ASTROCITOMAS NA POPULAÇÃO PARAENSE


PALAVRAS-CHAVES:

ANÁLISES MOLECULARES

ALÇA-D

DNA MITOCONDRIAL

ASTROCITOMAS

POPULAÇÃO PARAENSE


PÁGINAS: 38
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO:

Câncer é um grupo de doenças que se caracteriza pela perda do controle

da divisão celular e pela capacidade de invadir outras estruturas orgânicas (INCA,

2012). É um termo genérico dado a um grande grupo de doenças que podem afetar

qualquer parte do corpo (WHO, 2012).

Pode ser causado por tanto fatores externos ao organismo, como

substâncias químicas, irradiação, vírus, etc. quanto por fatores internos, como

hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. Os fatores causais

podem agir em conjunto ou em sequencia para iniciar e/ou promover o processo

carcinogênico. Em geral, dez ou mais anos se passam entre exposições ou

mutações e a detecção do câncer e, na maioria das vezes, o câncer não é

hereditário (INCA, 2012). Existem apenas alguns raros casos que são herdados, tal

como o retinoblastoma, um tipo de câncer de olho que ocorre em crianças. No

entanto, existem alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais

sensíveis à ação dos carcinógenos ambientais, o que explica por que algumas delas

desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno

(INCA, 2012).

Uma característica definidora de câncer é a criação rápida de células

anormais que crescem além de seus limites habituais, e que podem então invadir

partes adjacentes do corpo e se espalhar para outros órgãos. Este processo é

referido como metástase e as metástases são a principal causa de morte por câncer

(WHO, 2012).

Não se trata de uma doença moderna, claramente existe há muitos

séculos. No entanto, é um fenômeno mais comum no homem hoje em dia do que

anteriormente. Em grande parte, devido ao crescimento da população mundial e à

idade relativamente avançada até a qual as pessoas atualmente vivem, já que é

uma doença mais comum em idosos do que em jovens (WCR, 2008).

O câncer afeta a todos – os jovens e velhos, os ricos e pobres, homens,

mulheres e crianças – e representa um grande fardo para os doentes, famílias e

sociedades. É uma das principais causas de morte no mundo, particularmente nos

países em desenvolvimento (WHO, 2012).

2

No entanto, muitas destas mortes poderiam ser evitadas. Mais de 30%

dos casos pode ser evitado através do estilo de vida saudável ou por imunização

contra infecções cancerígenas (HBV, HPV). Outros podem ser detectados cedo,

tratado e curado. Mesmo com câncer em estágio final, o sofrimento dos pacientes

pode ser aliviado com cuidados paliativos (WHO, 2012).

Segundo o INCA, no Brasil, as estimativas para o ano de 2012 nas taxas

brutas de incidência por 100 mil habitantes é de 518.510 novos casos, sendo 21.700

destes, na região norte do país. O INCA ainda estima a incidência de neoplasias

malignas para 2012 no Pará em 113,21 casos para 100 mil homens e 137,28 casos

para cada 100 mil mulheres.

As taxas de mortalidade por câncer no Brasil, que subiam em média

0,22% ao ano nos anos 90, passaram para um aumento anual de 0,3% entre os

anos de 2000 a 2009 (INCA, 2012). Em 1990 tinha-se uma relação entre morbidade

e mortalidade de aproximadamente 9,9%, vinte anos depois, essa relação progrediu

consideravelmente para cerca de 15% (

Figura 1) (INCA, 2012).

Figura 1

: Gráfico sobre evolução da taxa de mortalidade por câncer no Brasil entre 1990 e 2009.

Fonte

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; MS/INCA/Conprev/Divisão de Informação.

: MS/SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM; MP/Fundação

9.9 10.4 10.6 10.3 10.6 10.8 11.1 11.6 11.6 11.9 12.3 12.6 12.8 13 13.4

14.2 14.5 14.8 15 14.9

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Mortalidade percentual por câncer no Brasil: entre 1990 e 2009.

3

Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO), através da

consolidação de dados de vários institutos de pesquisa publicados no

Report

aumento anual, é de 20 milhões de novos casos acompanhados de 12,9 milhões de

óbitos. Considerando um aumento anual de 1% na incidência, esses valores saltam

para 26,4 milhões de novos casos acompanhados de 17 milhões de óbitos (

1

taxa de aproximadamente 64% (WCR, 2008).

World Cancer(2008), a estimativa para o ano de 2030, sem levar em consideração umTabela). Em ambos os casos, a relação de morbi-mortalidade alcança a impressionante

Tabela 1

: estimativas do ônus global do câncer.

Fonte

Ano

Estimado

Óbitos

(milhões)

Incidência

(milhões)

Obs

American Cancer

Society

2007 7.6 12.0 (a)

IARC 2008 7.6 12.4

WHO 2005 7.6 - (a)

U.I.C.C. 2002 6.7 10.9

Globocan 2002 6.7 10.9

Institute of Medicine 2001 7.0 -

Mathers and Loncar 2030 11.5 -

IARC 2030 12.9 20.0 (b)

IARC 2030 17.0 26.4 (c)

(a): estimativa baseada em Globocan; (b): assume ausência de mudança na taxa; (c): assume

aumento de 1% ao ano na incidência.

Fonte: WCR, 2008 (adaptado).

O câncer do sistema nervoso central (SNC) representa, na população

mundial, aproximadamente, 2% de todas as neoplasias malignas (INCA, 2012). A

incidência de tumores cerebrais primários está estimada entre 7,2 a 12,5 por 100

milhões de pessoas ao ano, também representando em torno de 2% de todos os

tumores primários em adultos e 23% dos casos de câncer infantil. As taxas de

4

incidência não apresentam grandes variações geográficas (MARIE e SHINJO,

2011).

No Brasil, sem considerar os tumores da pele não-melanoma, o câncer do

SNC em homens é o oitavo mais frequente na região Centro-Oeste (6/100 mil). Nas

regiões Sul (7/100 mil) e Nordeste (3/100 mil), ocupa a nona posição, enquanto, nas

regiões Sudeste (6/100 mil) e Norte (2/100 mil), a décima posição. Para as mulheres,

é o oitavo mais frequente nas regiões Sul (6/100 mil) e Centro-Oeste (4/100 mil). O

décimo mais frequente na região Norte (2/100 mil) e, nas regiões Sudeste (5/100

mil) e Nordeste (3/100 mil), é o 11º (INCA, 2012).

Para o ano de 2012, no país, estima-se a incidência de 4.820 casos de

câncer do SNC em homens e 4.450 em mulheres. Esses valores correspondem a

um risco aproximado de 5 casos novos a cada 100 mil homens e 4 a cada 100 mil

mulheres. E o Pará tem uma taxa estimada em 1,20 casos para cada 100 mil

homens e 1,14 casos para cada 100 mil mulheres em relação a essas neoplasias

malignas (INCA, 2012).

Os tumores cerebrais normalmente ficam limitados ao próprio cérebro e

raramente se espalham para outras partes do corpo. Aproximadamente 50% de

todos os tumores cerebrais primários são originados de células neurais

especializadas, as glias, e são denominados gliomas (NIETO-SAMPEDRO

et al.,

2011).

Os cânceres de pulmão, de mama e melanomas são os principais

tumores primários fora do sistema nervoso que podem contribuir para o

desenvolvimento de metástase cerebral. Este tipo de metástase frequentemente se

manifesta em estágio avançado na progressão da doença metastática e causa

rápida deterioração na qualidade de vida do paciente, inclusive prejuízo

neurocognitivo (ZHANG e YU, 2011).

A distribuição e o tipo histológico de tumores cerebrais diferem em

crianças e adultos. Em crianças, os tumores cerebrais mais frequentes surgem a

partir da fossa posterior do crânio, onde os tipos histológicos mais comuns são

meduloblastomas, espongioblastomas (incluindo astrocitoma cerebelar e glioma do

nervo óptico) e ependimomas. Já nos adultos, os tumores cerebrais mais comuns

são meningiomas e gliomas (HODGENS, 2007).


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BARBARA DO NASCIMENTO BORGES - UFRA
Externo ao Programa - 327137 - MARIA LUCIA HARADA
Presidente - 2216126 - NILSON PRAIA ANSELMO
Notícia cadastrada em: 11/05/2012 10:01
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