Efeitos antropogênicos sobre a diversidade de mamíferos de médio e grande porte na Amazônia Oriental
Monocultura de Palma de Dendê, Monocultura de Eucalipto, Exploração Madeireira de Impacto Reduzido, Floresta Secundária, Floresta Primária, Riqueza rarefeita, Integridade da comunidade.
Todas as atividades econômicas incentivadas em larga escala na Amazônia modificam a estrutura dos ecossistemas nativos em diferentes níveis e intensidades, podendo provocar perdas de biodiversidade. Mas quais as atividades econômicas incentivadas para a Amazônia são mais degradadoras? É possível traçar um ranking de intensidade de perda de biodiversidade entre elas? Foi o que respondemos neste trabalho de pesquisa, avaliando os impactos antropogênicos de Exploração Madeireira de Baixo Impacto, Floresta Secundária, Monocultura de Dendê (Elaies guianensis) e Monocultura de Eucalipto, sobre a fauna de mamíferos terrestres de médio e grande porte. As análises foram realizadas de forma pareadas, com áreas de controle de Florestas Primárias adjacentes a cada um dos tratamentos antropogênicos. Analisamos parâmetros da comunidade como riqueza rarefeita, compartilhamento de espécies, abundância e composição de espécies e integridade da comunidade, para comparar entre os diferentes tratamentos antropogênicos e suas Florestas Primárias pareadas. Através dos nossos resultados foi possível traçar um gradiente de intensidade de impactos entre os tratamentos analisados. Neste gradiente, o tratamento de Monocultura de dendê (Oil Palm Plantation) e a Monocultura de Eucalipto (Eucalyptus Plantation) foram considerados mais depauperados em relação aos tratamentos de Exploração Madeireira de Baixo Impacto (Logged Forest) e Floresta Secundária (Secondary Forest). No caso de ambas as monoculturas observamos uma perda drástica de biodiversidade. No caso das áreas de Exploração madeireira de Baixo Impacto, observamos uma provável mudança na capacidade de detecção de algumas espécies, no entanto, não se observa perda de diversidade. Já no caso das Florestas Secundárias o que observamos foi uma substituição de espécies, sendo que existe uma perda de integridade, mas representada por uma mudança de composição de espécies em relação às Florestas Primárias controles.