HIDROXICLOROQUINA EM DOSES ELEVADAS PROVOCA ALTERAÇÕES NAS OSCILAÇÕES CEREBRAIS DE BAIXA FREQUÊNCIA EM REGISTROS ELETROCORTICOGRÁFICOS DE FORMA NÃO CONCOMITANTE AS ALTERAÇÕES NA FUNÇÃO CARDÍACA, HEPÁTICA E RENAL EM RATOS WISTAR
Hidroxicloroquina; COVID-19; Toxicidade; Estudo Experimental.
A pandemia de COVID-19 levou ao uso da hidroxicloroquina como possível tratamento, apesar de resultados inconclusivos. A droga é conhecida por seu uso em outras condições e teve ampla divulgação na mídia. No entanto, estudos mostraram falta de eficácia e efeitos colaterais. Objetivo: Este estudo questiona se a hidroxicloroquina pode causar toxicidade dependendo da dose e duração do uso. Métodos: O estudo utilizou 54 ratos Wistar machos adultos, alojados em condições controladas. Foram administradas drogas, incluindo anestésicos e hidroxicloroquina. Os ratos foram submetidos à cirurgia para implantação de eletrodos cerebrais e cardíacos. Foram divididos em grupos com diferentes doses de hidroxicloroquina por vários períodos. Registros eletrocorticográficos e eletrocardiográficos foram obtidos, e amostras de sangue foram coletadas para análises bioquímicas. A análise de dados foi realizada usando software estatístico. Após os procedimentos, os animais foram sacrificados. Resultados: Alteração dos traços eletrocorticográficos no córtex motor dos ratos, com mudanças comportamentais e variações na potência espectral das ondas cerebrais e diminuição da atividade cardíaca e aumento dos níveis das enzimas hepáticas AST e ALT quando administradas altas doses de HCQ. Conclusão: Elevadas dosagens de HCQ alteraram significativamente os traçados eletrocorticográficos no córtex motor, aumentaram componentes bioquímicos e diminuíram a atividade cardíaca em ratos.