(DES)MEDICALIZAÇÃO DE MULHERES ADULTAS EM SITUAÇÃO DE RUA EM ARAGUAÍNA-TO: ANÁLISE GENEALÓGICA A PARTIR DE UM OLHAR PARA AS VIVÊNCIAS AFETIVO-SEXUAIS
(Des)medicalização; Mulheres; Situação de rua; Genealogia e Cartografia; Amazônia tocantina.
Este trabalho tem por objetivo apresentar a metodologia de análise e as técnicas metodológicas que serão utilizadas na pesquisa com a (des)medicalização das mulheres adultas em situação de rua, em Araguaína-TO. As metodologias de análise seguem as perspectivas de Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari. A genealogia para Foucault é uma tarefa de investigação que requer do pesquisador comprometimento, visto que busca pensar a emergência e a proveniência dos acontecimentos que não são valorizados e considerados nos métodos da história tradicional. A cartografia é considerada por Deleuze e Guattari, como um processo investigativo, em que a pesquisa parte de uma visão da cartografia, promovendo a observação atenta aos movimentos das relações do objeto, por meio da experiência, de modo a construir o acompanhamento de processos, multiplicidades, diagramas e práticas, em um plano ético, estético e político da existência. Assim, promove-se o ato de realizar travessias, criar pontes, realizar problematizações, interrogações e fabricar efeitos inquietantes na insurgência de saberes e na ativação dos saberes locais de tal modo em que as variações do cotidiano e a singularidade dos corpos e encontros possa se materializar em mapas fluidos em fluxos centrífugos e centrípetos que se imbricam. Assim, objetiva-se seguir os percursos e as trilhas das passagens nas zonas de vizinhanças entre as práticas transversais que resistem às medicalizações afetivo-sexuais de mulheres nas ruas de uma cidade de médio porte, localizada na região da Amazônia.