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Banca de DEFESA: MARIA SILVANA PINTO LOPES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA SILVANA PINTO LOPES
DATA: 19/12/2018
HORA: 10:00
LOCAL: ICB
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS TOXICOLÓGICOS, BIOQUÍMICOS, HISTOPATOLÓGICOS E ELETROENCEFALOGRÁFICOS RELACIONADOS À UTILIZAÇÃO DO DECOCTO DAS CASCAS DE Himatanthus sucuuba.


PALAVRAS-CHAVES:

Himatanthus sucuuba, medicina tradicional, toxicidade, interferência nos exames laboratoriais, influencia no eletrocorticograma.


PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Bioquímica
RESUMO:

A utilização das plantas medicinais com finalidades terapêuticas e profiláticas para várias doenças é uma das práticas médicas mais antigas existentes, sendo desta forma propagada de geração em geração. Elas produzem uma grande variedade de substâncias químicas que constitui recurso terapêutico relevante para uma parcela significativa da população mundial que, não tem acesso aos medicamentos industrializados. Apesar de sua vasta utilização, seu perfil tóxico e possíveis alterações nos exames laboratoriais como hemograma e testes de bioquímica de rotina, muitas vezes não são bem conhecidos, gerando desta forma a necessidade de estudos visando à minimização de efeitos colaterais e toxicológicos. Faz parte deste grupo a Himatanthus sucuuba (Sucuuba, Ucuuba e Sucuba) que na Amazônia Brasileira, que tem as cascas empregadas no tratamento de úlceras gástricas No entanto, a literatura revela grande escassez de estudos de caráter toxicológico relacionado à Sucuuba, tornando promissora a descrição da toxicidade subcrônica e sua relação direta à alguns parâmetros laboratoriais, possíveis alterações anatopatológicas (de órgãos como fígado, rins e parte duodenal intestino), bem como, de possíveis alterações do perfil eletrofisiológico relacionada ao uso desta planta medicinal. Objetivos: Avaliar parâmetros toxicológicos: frente o Bioensaio de toxicidade para larvas de Artemia salina, avaliação subcrônica com análise de parâmetros hematológicos, bioquímicos e histopatológicos e eletroencefográficos relacionados ao uso do decocto da casca de Himatanthus sucuuba em ratos wistar via registro de frequências até 50 Htz. Materiais e métodos: Após a obtenção do material biológico, foi obtido o decocto das cascas, que posteriormente foi liofilizado - LHS. Bioensaio de toxicidade para as larvas de Artemia salina nas concentrações de 1, 10, 100 e 1000 ppm foram avaliadas. Avaliação do perfil toxicológico subcrônica: O grupo I (n=15) foi utilizado como controle dos testes bioquímicos e hematológicos e foi comparado ao grupo II (n=15) que recebeu o LHS na dose de 3mg/Kg -30 dias. Após o período experimental, os animais foram eutanasiados e a coleta de sangue e órgãos foi imediatamente efetuada para a avaliação de parâmetros hematológicos bioquímicos e histopatológicos (por coloração HE), respectivamente. Na avaliação dos parâmetros eletroencefalográfico, foi realizada a cirurgia de implante de eletrodo em dois grupos: Grupo I controle(n=10) e II Grupo tratado (n=10) com LHS (3mg/Kg) de forma repetida: 30 minutos, 24, 48, 72 horas. Posteriormente um segundo designer experimental avaliou o efeito das doses 30, 300 e 600mg/kg frente ao quadro excitatório convulsivo induzido por pentilenotetrazol 60 mg/Kg, sendo incluído no protocolo experimental o controle positivo com benzodiazepínico Diazepam na dose 5 mg/kg para efeitos comparativos.  As leituras eletroencefalográficas foram efetuadas no mesmo período supracitado. Os dados foram posteriormente analisados uma ferramenta foi construída usando a linguagem de programação Python versão 2.7. As analises estatísticas foram efetuadas com utilização do software Graph Pad Prism 5.0 ®. Resultados e Discussão: Não foram observadas alterações toxicológicas nos ensaios de viabilidade de artemias salinas e nem nos parâmetros hematológicos e bioquímicos avaliados no estudo subcrônico de exposição a doses repetidas de LHS 3mg/kg. A ausência de alterações morfológicas observada pela análise histológica de cortes de fígado, rim e porção do duodeno corrobora com os resultados obtidos nas análises clinicas e com poucos estudos descritos com extratos desta planta. Quanto aos estudos eletroticografico, esta dose não apresentou resultados diferentes do controle, no entanto numa analise ampliada de doses as 300 e 600mg/kg foram capazes de promover uma ação anticonvulsivante frente a indução de convulsões por PTZ 60mg/kg e comparada ao expressa por Diazepam 5mg/kg nas mesmas condições. Esta ação deve estar relacionadas a presença do conjunto de metabolitos secundários presentes que possuam potencial anticonvulvivante bem como a grande capacidade antioxidante da mesma, uma vez que é presente a formação de EROS neste modelo com PTZ. Conclusão: Estes resultados sugerem uma segurança associada a dose etnofarmacologica utilizada para desordens digestivas para os parâmetros avaliados e apresenta a Himanthatus sucuuba como uma planta promissora para o desenvolvimento de fitofármacos que possam ser desenvolvidos visando ação anticonvulsivante principal ou complementar em protocolos de tratamento.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1152934 - EDUARDO JOSE MELO DOS SANTOS
Interno - 1228042 - JOSE RICARDO DOS SANTOS VIEIRA
Externo ao Programa - 3299833 - MARCIA CRISTINA FREITAS DA SILVA
Interno - 1297519 - MOISES HAMOY
Presidente - 1513331 - VANESSA JOIA DE MELLO
Notícia cadastrada em: 10/12/2018 15:47
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