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Banca de DEFESA: GEISA BRUNA DE MOURA FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEISA BRUNA DE MOURA FERREIRA
DATA: 12/03/2021
HORA: 10:00
LOCAL: Campus de Bragança - Sala 4, Bloco II - por videoconferência
TÍTULO:

A FARINHA, O PEIXE E A CAÇA NOSSA DE CADA DIA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA SÃO JOSÉ DO PATAUATEUA, MUNICÍPIO DE IRITUIA-PA


PALAVRAS-CHAVES:

Comunidade Quilombola, Práticas Produtivas, Saberes Tradicionais.


PÁGINAS: 99
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

O presente estudo, “A farinha, o peixe e a caça nossa de cada dia na comunidade quilombola São José do Patauateua, município de Irituia-PA”, objetivou estudar as práticas produtivas da referida comunidade a partir do viés da territorialização, desterritorialização e reterritorialização na manutenção das identidades culturais e socioeconômicas. Ainda, identificar essas práticas e descrevê-las correlacionando ao processo de territorialidade e sua afirmação identitária, cultural e socioeconômica, assim como analisar as formas materiais e simbólicas ou sentidos e significados que os quilombolas atribuem as suas práticas produtivas no saber-fazer da farinha, na pesca e na caça. A problemática principal foi abordada pela seguinte pergunta: Em que medida tem se dado as práticas produtivas que sustentam a identidade, a resistência e os processos socioeconômicos, territoriais e culturais dos povos quilombolas do município de Irituia? As práticas produtivas desses povos sofreram mudanças ao longo dos tempos em seus territórios? Nesse sentido, elencou-se a hipótese de que os povos quilombolas do referido município mantém as suas práticas e seus processos socioeconômicos tomando com alicerce as suas identidades, suas culturas e sua territorialidade. Os procedimentos metodológicos tiveram como ponto de partida a abordagem de pesquisa qualitativa e por meio da técnica de entrevista e da observação participante, com o uso do instrumento roteiro de pesquisa com perguntas semiestruturas e diário de campo, respectivamente, os dados foram coletados e, complementarmente, fez-se o uso do registro fotográfico. A amostragem de campo ocorreu com uma comunidade e 15 pessoas, sendo 7 na faixa etária de 18 a 25 anos e 08 na faixa etária de 45 anos em diante. A análise dos dados ocorreu por meio de organização e tabulação em um quadro para aferir a similitude das respostas e, posteriormente, aplicar a análise de conteúdo e as inferências das anotações do diário de campo. Faz-se necessário o esclarecimento de que a opção por uma única comunidade ocorreu devido ao processo pandêmico vivido no mundo causado pela COVID-19, interferindo sobre maneira na rotina diária de ser humano e, por conseguinte, o estabelecimento de regras e restrição agrupamentos sociais. Os principais resultados apontam que os povos quilombolas possuem práticas produtivas tradicionais, entre as quais, o saber-fazer farinha, o saber-pescar e o saber-caçar, transversalizadas por sentidos e significados imersos por saberes culturais e identitários. Ademais, todas práticas produtivas são efetivas para o auto sustento e para a comercialização do excedente, assim como o processo da territorialidade no campo simbólico se faz presente em todas as etapas dessas práticas. Conclusivamente, o presente estudo revela que a Comunidade Quilombola do São José do Patauateua, município de Irituia-PA, mantém suas práticas produtivas e seus processos socioeconômicos, tomando como alicerce as suas identidades, culturas e sua territorialidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2500407 - FRANCISCO PEREIRA DE OLIVEIRA
Interno - 1347712 - SALOMAO ANTONIO MUFARREJ HAGE
Interno - 1331081 - SEBASTIAO RODRIGUES DA SILVA JUNIOR
Externo ao Programa - 1296134 - MARCUS EMANUEL BARRONCAS FERNANDES
Externo ao Programa - 2871989 - ROGERIO ANDRADE MACIEL
Notícia cadastrada em: 09/03/2021 12:28
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