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Banca de DEFESA: MYLLA CHRISTY DA SILVA DUFOSSÉ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MYLLA CHRISTY DA SILVA DUFOSSÉ
DATA: 30/09/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Instituto de Medicina Veterinária
TÍTULO:

Identificação de Escherichia coli patogênica para aves em carne de frango


PALAVRAS-CHAVES:

carcaças, fatores de virulência, diagnóstico, aerossaculite, inspeção.


PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

O Brasil é o país que mais exporta carne de frango e é o segundo maior produtor mundial. Visando garantir o aumento da produção, torna-se necessário o controle da sanidade avícola que acarretam risco para a saúde pública. Associados a grandes números de doenças, as cepas de Escherichia coli patogênicas aviarias (APEC) são responsáveis por muitas infecções, podendo ocasionar risco de contaminação das carcaças com o patógeno no processamento, causando preocupação aos órgãos de vigilância sanitária. Pela importância desse micro-organismo, estudos tiveram como objetivo caracterizar cepas de E. coli, além de padronizar, identificar e detectar genes de virulência de resistência sérica (iss) e hemaglutinação (tsh) através de uma multiplex PCR (Reação em Cadeia de Polimerase), aplicar o teste de susceptibilidade antimicrobiana e por fim avaliar alteração histopatológicas em carcaças de frangos de corte na região estado do Pará. No pimeiro momento, realizou-se a padronização e aplicação da técnica de multiplex PCR utilizando genes de virulencia  (iss e tsh), no qual, foram coletados de forma aleatória por conveniência, 16 amostras de traqueia oriundas de frangos prontos para comercialização em feiras de 16 municípios na microrregião Bragantina-PA. No segundo momento foram coletadas 30 carcaças de aves condenadas com suspeitas de aerossaculite, em um abatedouro avícola no estado do Pará, onde foram usados fragmentos dos órgãos como traqueia, fígado e pulmão para ideitificação de cepas de E. coli, seguido,  pela aplicação da técnica mPCR dos genes de virulência (iss e ths) e exame histopatológico. E por fim, foram coletadas, de forma aleatória por conveniência, 14 amostras de frango comercializadas em feiras (7 amostras) e supermercados (7 amostras) da região metropolitana de Belém, onde foram submetidas a análises microbiológicas e PCR multiplex na identificação de fatores de virulência iss e tsh, fragmentos da traqueia, pulmão e tecido muscular de cada amostra de frango. Após, a identificação das cepas de E. coli, as mesmas foram submetidas ao teste antimicrobiano, no qual foram testados contra 6 agentes antimicrobianos (amoxicilina, cefalexina, doxiciclina, enrofloxacina, penicilina e sulfametoxazol). Os resultados obtido pela técnica aplicada em todas as amostras coletadas, foi eficiente para caracterizar genotipicamente os isolados de E. coli, onde nas amostras coletadas em feiras dos municípios da microrregião Bragantina-PA, detectou-se 87,5% das amostras pelo menos um dos genes pesquisados, seguidos por avaliação separadamente, os fatores de virulência, com o resultados de diagnósticos em 6,25% das amostras apresentou o gene amplificado iss e 87,5% resultado positivo para o gene tsh, sendo que apenas uma amostra dentre as aves analisadas apresentou os genes de virulência iss e tsh simultaneamente. Já para os 30 frangos condenados, constatou com a utilização da mutiplex PCR, os genes tsh (670pb) e iss (720pb) devidamente amplificados, nos três órgãos das aves 1, 19 e 22, caracterizando uma infecção mista, assim como foram identificados 7/30 aves os dois fatores de virulência apenas nos órgãos respiratórios, o gene de virulência mais frequente foi o tsh amplificando 670pb em 7/30 aves nos órgão respiratórios, ressaltando que nos 17 fígados estudados não houve amplificação de nenhum dos fatores de virulência, certificando que as aves não apresentavam quadro de septicemia. Além disso, utilizando o diagnóstico histopatológico detectou-se a predominância de heterófilos e mononucleares na traqueia (30/30), no pulmão (27/30) e no fígado (4/30), onde praticamente não foi diagnosticada nenhuma alteração, diferentemente dos órgãos respiratórios. Já para as amostras coletadas em feiras e supermercados na região metropolitana de Belém-PA, os resultados da análise microbiológica apontaram uma prevalência total de 71,42% (10/14) de E. coli nas carcaças de frango, a prevalência para pelo menos um dos genes avaliados foi de 100%, sendo o gene iss presente em todas as amostras e o tsh em 85,7% (12/14). Dos 25 isolados de E. coli, distribuídos entre os órgãos das aves e feira e supermercado, 76% foram resistentes a enrofloxacina, 64% a doxiciclina, 60% a amoxicilina e 40% a sulfametoxazol. Conclui-se, diante dos resultados obtidos, a Multiplex PCR para os genes de virulência tsh e iss apresenta um grande potencial na caracterização de isolados de E. coli, com isso podemos propor como uma análise alternativa para prevenção e fiscalização desse agente nos frangos comercializados, atribuindo a utilização de tecnologias para identificação e prevenção de E. coli nos aviários e matadouros avícolas. Dessa maneira, ressalta a importância do consumo de carcaças de aves saudáveis e abatidas de forma higiênico-sanitária adequada.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1661360 - CARINA MARTINS DE MORAES
Interno - 1319502 - GABRIELA RIET CORREA RIVERO
Externo à Instituição - GABRIELLE VIRGINIA FERREIRA CARDOSO
Externo à Instituição - LUCIANA FARIAS DA COSTA DE ÁVILA
Presidente - 1464502 - TALITA BANDEIRA ROOS
Notícia cadastrada em: 29/09/2022 15:37
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