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Banca de QUALIFICAÇÃO: ALINE BARRAL TAKAHASHI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALINE BARRAL TAKAHASHI
DATA: 22/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE REUNIÃO VIRTUAL: https://meet.google.com/quc-avny-uno
TÍTULO:

Investigação do potencial do ágar-açaí como substrato de crescimento para Fonsecaea spp. e avaliação da atividade antifúngica do itraconazol e terbinafina contra isolados de cromoblastomicose.


PALAVRAS-CHAVES:

Cromoblastomicose; Fonsecaea spp.; meio de cultura alternativo; açaí; associação medicamentosa.


PÁGINAS: 46
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Microbiologia
RESUMO:

A cromoblastomicose (CBM) é uma doença infecciosa crônica que acomete pele, podendo apresentar vários tipos de lesões, de evolução lenta, atingindo principalmente os membros inferiores de pessoas que trabalham em áreas rurais. Seu principal agente etiológico é o fungo polimórfico Fonsecaea pedrosoi que se apresenta de várias formas no seu ciclo de vida, filamentosa, com possibilidade de formação de conídios, e as formas escleróticas, presentes usualmente nas lesões de pele. A produção de melanina é uma característica marcante destes fungos, por isso também são chamados de fungos negros. O diagnóstico é confirmado após a visualização microscópica de células escleróticas no material coletado para o exame micológico direto. A CBM é considerada uma doença negligenciada, o tratamento não é padronizado, existem poucos trabalhos publicados, e duas das poucas opções terapêuticas são os antifúngicos itraconazol e terbinafina. A região amazônica é a principal área endêmica no território brasileiro e o estado do Pará se destaca como o segundo lugar de maior número de casos no mundo. As informações a respeito dos aspectos morfofisiológicos desses fungos ainda são escassas, embora saibamos que o cultivo e manutenção fungos é uma rotina em laboratórios de microbiologia com a utilização principalmente de meios comerciais como ágar dextrose batata e ágar sabouraud, que são meios com composição química definida. Após resultados obtidos pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Dermato-Imunologia (LDI) ao longo dos últimos anos, selecionamos a biomassa do açaí para avaliar a possibilidade de ser utilizado como um meio alternativo (ágar-açaí) de manutenção de Fonsecaea spp em laboratório, por ser uma espécie abundante na região amazônica com importante potencial biotecnológico. Foi avaliado o crescimento das culturas no meio experimental, as características macroscópicas (fenotípicas) das colônias em diferentes temperaturas, e microscópicas através de lâminas de microcultivo. Além disso, para avaliar o potencial antifúngico do itraconazol e da terbinafina nos isolados obtidos das lesões dos pacientes de CBM, determinamos a concentração inibitória mínima das duas drogas segundo protocolo da norma M38-A2 e avaliamos a atividade combinada dos fármacos através da técnica do tabuleiro em xadrez. Os resultados comprovaram a eficiência do agar-açaí para o crescimento dos fungos analisados, destacando-se pela maior média de crescimento em relação a ágar dextrose batata e ágar Sabouraud nas condições avaliadas. Os resultados iniciais indicam que o ágar-açaí pode ser considerado uma alternativa aos meios comerciais atualmente disponíveis para o cultivo de fungos. Finalmente, observamos que o itraconazol apresentou a menor concentração inibitória mínima (CIMmédiageométrica:0,76µg/ml) para os isolados fúngicos utilizados, e que quando usado juntamente com a terbinafina apresentou atividades sinérgicas importantes para inibir o crescimento do F. pedrosoi.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1350218 - CLAUDIO GUEDES SALGADO
Externo à Instituição - JORGE PEREIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 2611262 - MOISES BATISTA DA SILVA
Externo ao Programa - 3366291 - PATRICIA FAGUNDES DA COSTA
Notícia cadastrada em: 22/03/2024 10:25
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