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Banca de DEFESA: NAYARA KAUFFMANN

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NAYARA KAUFFMANN
DATA: 28/02/2024
HORA: 14:30
LOCAL: SALA SAT-02 ICB/UFPA
TÍTULO:

A INFECÇÃO POR Plasmodium berghei (ANKA) INDUZ UM QUADRO DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA EM MODELO
MURINO DE MALÁRIA NÃO COMPLICADA


PALAVRAS-CHAVES:

Malária não complicada, Fígado, Amônia e Sistema nervoso
central.


PÁGINAS: 96
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Fisiologia
RESUMO:

A disfunção hepatocelular associada ao quadro de malária tem
como principais alterações a insuficiência hepática, hepatoesplenomegalia e
aumento das enzimas hepáticas. Diversos estudam já elucidaram que tais
alterações hepáticas podem ser ocasionadas pelo aumento dos níveis amônia,
que consequentemente pode levar à disfunção no sistema nervoso central
(SNC), ocasionando um quadro de encefalopatia hepática, culminando em
aumento da resposta inflamatória, edema cerebral, desregulação de
neurotransmissores e alterações cognitivas e locomotoras. Objetivo.
Caracterizar as possíveis alterações no sistema nervoso central a partir de uma
lesão hepática induzida pela infecção por Plasmodium berghei ANKA em
modelo murino de malária não complicada. Metodologia. Para isso foram

utilizados camundongos da linhagem Balb-c (20-25g) entre 45-54 dias pós-
natal (CEUA no 2229290317), inoculados com ~106 de eritrócitos parasitados

via intraperitoneal. O delineamento experimental foi divido em duas partes:
Primeiramente foram caracterizadas a curva de sobrevivência, parasitemia,
massa corpórea, sinais clínicos, alterações hepáticas e histológicas,
neuroquímica, presença de edema cerebral, extravasamento vascular, resposta
inflamatória, alterações comportamentais e quantificação dos níveis de amônia
nos grupos controle e PbA. Posteriormente, foi realizado um tratamento com
lactulose para verificar se as alterações encontradas nos experimentos
anteriores eram em decorrência do aumento dos níveis de amônia no cérebro
dos animais. Para isso os grupos foram divididos em: grupo controle, lactulose
3mg/kg, PbA e PbA+lactulose 3mg/kg, no qual foi avaliado a curva de
sobrevivência, parasitemia e atividade locomotora pelo protocolo SHIRPA. Os
resultados foram expressos como média+desvio padrão. Foi realizado o
ANOVA (uma via), pós teste Tukey, considerando como significativo p<0,05.
Resultados. Nossos dados demonstraram que o grupo PbA apresentou
alterações nas funções hepáticas como aumento dos níveis de AST e ALP, BT
e BD, alterações morfológicas como a hepatoesplenomegalia, além das
alterações histológicas evidenciar infiltrado inflamatório, deposição do pigmento
malárico e hiperplasia das células de Kupffer, demonstrando dessa forma um
quadro de falência hepática. Após caracterizar a lesão hepática, buscamos
entender se essas alterações poderiam gerar um comprometimento no SNC, o
qual observamos um comprometimento cognitivo e motor, além de alterações
nos níveis dos neurotransmissores GABA e glutamato, acompanhado com
aumento da resposta inflamatória, edema cerebral e disfunção na barreira
hematoencefálica. Uma vez demonstrado a falência hepática e,
consequentemente, a presença de alterações cognitiva e comportamentais,
buscou-se avaliar os níveis de amônia no cérebro dos animais controle e PbA
na fase inicial da infecção. Nesse sentido, a quantificação dos níveis de
amônia, evidenciou um aumento no 10o d.p.i., no tecido cerebral quando
comparado com o grupo controle, em que os níveis estavam dentro do
esperado em relação a atividade locomotora, ao aplicarmos o protocolo no
grupo infectado e tratado com lactulose, foi possivel observar que o grupo PbA
apresentou alterações no comportamento motor, quando comparado com o
grupo controle. Em contrapartida, o grupo PbA+Lactulose 3mg/kg apresentou
uma atenuação das alterações cognitivas e comportamentais, evidenciando
que a terapia com lacutolose consegue atenuar o quadro cognitivo quanto ao 10 comportamento motor, força e tônus muscular, reflexo e função sensorial. Conclusão. Concluimos que a falência hepática ocasiona um quadro de encefalopatia hepática em modelo murino de malária não complicada, o qual culmina para alterações no sistema nervoso central, pelo aumento dos níveis de amônia no cérebro, e ao realizar o sequestro da amônia com o auxilio do tratamento com lactulose na dose de 3mg/kg, esta consegue atenuar os danos neurológicos dos animais com malária não complicada, demonstrando que as alterações comportamentais são provenientes de um quadro de encefalopatia hepática, ocasionada pelo aumento dos níveis de amônia no córtex dos animais infectados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2455731 - ALAN BARROSO ARAUJO GRISOLIA
Interno - 1502904 - EVANDER DE JESUS OLIVEIRA BATISTA
Interno - 1659023 - JULIANA SILVA CASSOLI
Presidente - 1912060 - KAREN RENATA HERCULANO MATOS OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 27/02/2024 09:22
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