Banca de DEFESA: GEORGE BRUNO DE ARAUJO LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEORGE BRUNO DE ARAUJO LIMA
DATA: 30/06/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Teleconferência
TÍTULO:

Tensões e contradições da modernização em Belém: duas áreas em contraste (1955-1972)

PALAVRAS-CHAVES:

modernização, infraestrutura, espaço edificado, Belém

PÁGINAS: 422
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO:

A presente dissertação busca investigar a dinâmica de modernização da cidade de Belém a partir do estudo das transformações nas redes de infraestrutura e no espaço edificado ao longo do eixo de dois recortes espaciais: a atual Avenida Presidente Vargas e parcela da Avenida Almirante Barroso, de seu início no cruzamento com as Avenidas José Bonifácio e Magalhães Barata até o Marco da Légua, entre os anos de 1955 e 1972. O número restrito de trabalhos que versam acerca desses dois lugares durante o intervalo adotado, em especial ao se tratar da Avenida Almirante Barroso, foi uma das justificativas para realização dessa pesquisa. No intuito de se atingir esse objetivo, articulou-se como metodologia a estratégia combinada dos métodos histórico interpretativos e métodos qualitativos. Em relação ao primeiro método, adotaram-se como táticas a abordagem às fontes a pesquisa documental, iconográfica e bibliográfica. A pesquisa documental lançou mão principalmente de relatórios da administração municipal e estadual, jornais e revistas, encontrados em sua maior parte nos acervos da Sessão de Obras Raras do CENTUR, CODEM, LAHCA, UFPA 2.0 e Hemeroteca Nacional; a pesquisa bibliográfica obteve informações em teses, monografias e dissertações de diversos programas, mas fundamentalmente do PPGAU-UFPA e PPGHIST; a pesquisa iconográfica utilizou os acervos do IMS, IBGE, álbuns administrativos e acervos particulares. Os dados obtidos nessas fontes foram interpretados com o auxílio da metodologia qualitativa ao serem separados segundo categorias, a saber: infraestrutura com as redes de líquidos, redes verdes e redes de força e luz; assim como edifícios construídos de propriedade pública e privada. A partir da premissa na qual a dimensão espacial e suas representações são um meio para a interpretação de complexos fenômenos urbanos, optou-se pela cartografia histórica-temática-interpretativa como maneira de sintetizar as conclusões do trabalho. As possibilidades documentais para a construção espacial das conclusões da pesquisa foram o fator delimitador do intervalo adotado: os levantamentos aerofotogramétricos de 1955 e 1972. Observou-se que as necessidades impostas pelas diretrizes de instrumentalização racional do espaço orientadas pelas necessidades econômicas, sociais e culturais estabelecidas pelo ethos moderno conformaram ambas as áreas desde sua origem colonial. Contudo, apesar da semelhança basilar os papeis estabelecidos historicamente a ambos os logradouros se distinguiram de modo que na Avenida Presidente Vargas as diretrizes de modernização se voltam para a consolidação da modernidade/civilização na própria cidade ao passo que na Avenida Almirante Barroso se consolida como logradouro de expansão dessa na região. Nesse sentido, as redes de infraestrutura e o espaço edificado que constitui ambos os logradouros refletem essas diretrizes particulares, as quais resultam em uma modernização de tensão e contraste para dentro, na cidade e para fora na região amazônica, com a arquitetura sendo um campo profissional indispensável à consecução da modernização e da consequente dominação paradigmática/econômica modernas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2214565 - CELMA DE NAZARE CHAVES DE SOUZA PONT VIDAL
Interno - 3342852 - CYBELLE SALVADOR MIRANDA
Externo à Instituição - VLÁDIA PINHEIRO CATANHEDE HEIMBECKER