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Banca de DEFESA: ALANA RODRIGUES NAUAR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALANA RODRIGUES NAUAR
DATA: 23/06/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Virtual Google Meet
TÍTULO:

"MONITORAMENTO ECOTOXICOLÓGICO ESPAÇO-TEMPORAL DE UM RIO AMAZÔNICO SOB MÚLTIPLAS INFLUÊNCIAS ANTRÓPICAS".


PALAVRAS-CHAVES:

metais, biomarcadores, estresse oxidativo, rio Pará, Alumínio


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Oceanografia
RESUMO:

 O destino dos contaminantes no ambiente aquático é motivo de grande preocupação, pois sabe-se que atividades antrópicas, especialmente nas regiões costeiras, podem desencadear a contaminação dos corpos d´água e a biodisponibilização de diversos elementos que são tóxicos para a biodiversidade. Estudos de biomonitoramento, especialmente envolvendo variáveis ecotoxicológicas, são úteis para avaliar a qualidade ambiental em regiões de influência antrópica. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo analisar a concentração de metais (Al, Cr, Pb, Ba, Ni e Mn) em matrizes abióticas (água e sedimento) e bióticas (vertebrado e invertebrado) coletadas em um rio amazônico que sofre influência de múltiplos estressores antropogênicos, dentre eles o lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Além desta abordagem química, também analisamos efeitos adversos primários através do uso de biomarcadores de exposição e efeito. As amostras foram coletadas no rio Pará, em 5 pontos localizados a distintas distâncias (montante e jusante) da região de lançamento de efluentes de uma empresa que atua no beneficiamento de bauxita. Foram realizadas 3 campanhas: em novembro de 2018 (estiagem), março de 2019 (chuvoso) e junho de 2019 (transição). De maneira geral, no sedimento, em todos os pontos nos três períodos analisados, o Al foi o metal mais concentrado, seguido do Mn e do Cr. Na água, as maiores concentrações foram de Al, Ba e Mn. Foram também analisadas as frações dissolvidas dos seis metais na água. O único metal dissolvido que se apresentou em valores acima do estabelecido pela resolução CONAMA 357/2005 foi o Al. Observou-se maiores valores médios de Al dissolvido durante a estação chuvosa em relação à estiagem e transição. Quanto à quantificação dos metais nos organismos, os peixes coletados no rio Pará (Cheirocerus goeldi) tiveram maiores concentrações de Al e Ba na estação chuvosa em relação aos peixes de mesma espécie coletados na estiagem. Já o camarão Macrobrachium amazonicum apresentou maiores valores de Al no período chuvoso em relação ao demais períodos. Quanto à avaliação de respostas biológicas com o uso de biomarcadores de exposição e efeito nos animais, observamos menor capacidade antioxidante (biomarcador de exposição) em brânquias de camarões M. amazonicum do ponto à montante durante a estiagem junto com maiores níveis de LPO (biomarcador de efeito tóxico). No músculo desta mesma espécie houve indução da capacidade em organismos do ponto mais próximo ao lançamento de efluentes da empresa (PR03) e maiores níveis de LPO em organismos do ponto à montante do lançamento de efluentes da mineradora (PR01). O peixe C. goeldi apresentou maior lipoperoxidação nas brânquias de indivíduos oriundos do PR03 durante o período chuvoso, bem como uma tendência de aumento da capacidade antioxidante no fígado durante esse período. Concluímos que existe um padrão bem marcado e sazonal dos metais nos diferentes compartimentos ambientais que são seguidos pelos biomarcadores, refletindo mudanças mais relacionadas à geologia local e fisiologia dos organismos. Os principais metais encontrados nos compartimentos abióticos e bióticos demonstraram uma forte relação com a formação geológica local, sendo Al, Ba e Mn os mais representativos. Destes, o Al foi o mais concentrado, devido as características geológicas que fazem com que a região seja rica em bauxita, um minério rico em alumina. Por conta deste enriquecimento no sedimento e na fração total da água, há muito Al na fração dissolvida, ultrapassando os limites legais. Sugerimos a continuidade dos estudos com espécies locais para verificar se estes limites presentes na resolução CONAMA 357/2005 são aplicáveis à sensibilidade das espécies de regiões com características geológicas como da região de estudo. Além disso, deve-se levar em conta a hidrodinâmica do rio Pará para que possa ser melhor compreendida a origem e distribuição destes metais ao longo destes corpos d´água.



MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LEANDRO MACHADO DE CARVALHO
Presidente - 1649237 - LILIAN LUND AMADO
Interno - 2117827 - MARCELO PETRACCO
Interno - 1729914 - MARCELO ROLLNIC
Interno - 843.147.452-15 - SARITA NUNES LOUREIRO - UFPA
Interno - 018.697.693-33 - SILDIANE MARTINS CANTANHEDE - UFPA
Notícia cadastrada em: 22/06/2021 11:51
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