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Banca de DEFESA: MÁRCIA VALÉRIA SILVA DO COUTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MÁRCIA VALÉRIA SILVA DO COUTO
DATA: 27/02/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de Video conferência - Bragança
TÍTULO:

ÓLEO DE COCO VIRGEM COMO ALIMENTO NUTRACÊUTICO NA CRIAÇÃO DO TAMBAQUI Colossoma macropomum


PALAVRAS-CHAVES:

ácido dondecanoico,

nutrição de peixes,

tambaqui,

Aeromonas,

Saprolegnia,

íctio.


PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca
SUBÁREA: Aqüicultura
ESPECIALIDADE: Piscicultura
RESUMO:

O presente trabalho objetivou avaliar os efeitos do óleo de coco virgem no desempenho zootécnico e sanitário de tambaqui e sua ação antimicrobiana. Para tanto, foram realizados teste in vitro utilizando o óleo de coco contra Ichthyophthirius multifiliis, Aeromonas hydrophila e Saprolegnia parasítica para avaliação dos seus efeitos antimicrobianos. Além disso, juvenis de tambaquis de tambaquis (n=360; 3,03±0,65g e 5,64±0,50cm) foram distribuídos em um delineamento contendo seis dietas experimentais com níveis crescentes de substituição de óleo de soja pelo óleo de coco virgem (OCV - 0%-T1, 25%-T2, 50%-T3, 75%-T4 e 100%-T5) mais uma dieta contendo 15% de ácido láurico (T6 - principal ácido graxo do óleo de coco), todos com 3 repetições, durante 90 dias. Biometrias mensais foram realizadas para avaliação do desempenho zootécnico e ao final do experimento os peixes (n=72) foram sacrificados para avaliação da composição corporal e índice hepato, espleno e viscerossomático. No momento da biometria final também foram realizadas coletas sanguíneas dos peixes (n=108) para medição de triglicerídeos, colesterol e proteínas plasmáticas totais. Após a suplementação dietética, 96 peixes (20,42±3,34g e 9,23±0,49cm) foram injetados intraperitonealmente com Aeromonas hydrophila, na concentração 1 x 108 UFC.g-1, e então distribuídos em recipientes com 10L de água em sistema estático e oxigenação constante, na densidade de 4 peixes/repetição. Foram desafiados com o patógeno 12 peixes de cada tratamento (T1 a T6), além de 12 peixes sem injeção (CSI) e 12 peixes somente com solução salina estéril (CSS), que constituíam os controles experimentais, todos com três repetições. Foram realizadas observações durante 10 dias, determinando a mortalidade acumulada a cada 24h, os sinais clínicos típicos da aeromoniose e classificação da intensificação da infecção. Alíquotas de sangue foram coletadas para avaliação dos metabólitos, eritrograma, leucograma e tombograma dos peixes durante e após 10 dias do desafio patogênico. Os dados foram avaliados quanto a sua normalidade e submetidos ao teste de homocedasticidade. Após verificação da normalidade os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e sendo F significativo as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Dados que não atenderam as premissas da ANOVA foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e posteriormente ao teste de DUNN para comparação dos postos. O ácido láurico mostrou efeito fungistático a partir de 400mg/L e diminuição da contagem bacteriana a partir de 1g/L, já para o íctio o ácido láurico promoveu mortalidade a partir de 40mg/L, enquanto que o óleo de coco apresentou influência na velocidade de crescimento do fungo, não apresentou efeitos sobre a bactéria e apesar de alterar a morfologia do íctio permitiu o desenvolvimento de formas terontes. Os peixes suplementados apresentaram melhoria no desempenho zootécnico somente a partir de 60 dias de alimentação com maiores valores para peso final, ganho de peso, biomassa e ganho em biomassa. No entanto, ao final de 90 dias, os juvenis de tambaqui alimentados com rações contendo 50% e 75% de OCV apresentaram os maiores valores de peso final, biomassa, ganho de biomassa, ganho de peso, taxa de crescimento específico para peso e uniformidade para peso. Os peixes dos diferentes tratamentos não apresentaram diferença estatística entre os tratamentos para o índice viscerossomático, hepatossomático e esplenossomático. Em relação composição centesimal, a quantidade de proteína bruta corporal nos juvenis de tambaquis, após experimento, foi maior nos peixes dos tratamentos alimentados com 50% e 75% de OCV na dieta, sendo os menores valores encontrados para os peixes alimentados com 25% de OCV e para os das dietas contendo 100% de OCV. A matéria seca apresentou elevação à medida que os níveis de óleo de coco aumentaram na dieta. Já o teor de extrato etéreo e as cinzas não diferiram entre os tratamentos. Em relação aos metabólitos plasmáticos o colesterol e triglicerídeos diminuíram com dietas contendo ácido láurico e 50% de OCV, enquanto que o índice glicêmico aumentou e as proteínas totais não se alteraram. A alimentação dos tambaquis com óleo de coco virgem (OCV) influenciou positivamente na resistência dos peixes e no aparecimento dos sinais clínicos quando adicionado 25%, 50% e 75% de OCV à ração durante 192 horas. No entanto, a incorporação  com 100% de OCV apresentou 100% de mortalidade após 48 horas de infecção. Os sinais clínicos da aeromoniose encontrados nos peixes desafiados não foram observados apenas nos tratamentos com 25% e 50% de adição de óleo de coco, assim como nos tratamentos controles. Os tratamentos OCV apresentaram maiores valores de proteínas plasmáticas totais e glicemia em resposta ao desafio com A. hydrophila quando comparados aos peixes alimentados com 0% de OCV e ácido láurico, apresentando menores valores de lactato com 25% e 50% de suplementação. A infecção ocasionou anemia hemolítica nos com 0%, 25% e 100% de OCV, além do ácido láurico, com melhores respostas a aeromoniose dos peixes alimentados com 50% de OCV. Desta forma, é possível assumir que o animal alimentado com a ração suplementada com óleo de coco apresenta benefícios ao desempenho zootécnico e sanitário do tambaqui, recomendando-se a adição de 50% de OCV. Além do que, o ácido láurico apresenta efeitos in vitro contra patógenos de peixes.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2490593 - GRAZIELLE FERNANDA EVANGELISTA GOMES
Externo ao Programa - 1488306 - CARLOS ALBERTO MARTINS CORDEIRO
Externo ao Programa - 2244947 - DANIEL ABREU VASCONCELOS CAMPELO
Externo ao Programa - 2417425 - LORENA BATISTA DE MOURA
Externo à Instituição - DARLAN DE JESUS DE BRITO SIMITH
Externo à Instituição - FABRICIO MENEZES RAMOS
Notícia cadastrada em: 07/02/2019 11:01
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