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Banca de DEFESA: FRANCISCO ALEX LIMA BARROS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO ALEX LIMA BARROS
DATA: 17/04/2023
HORA: 16:00
LOCAL: plataforma meet (on line)
TÍTULO:

USO DE BACTÉRIA AUTÓCTONE COM POTENCIAL PROBIÓTICO ENRIQUECIDO NO ALIMENTO VIVO NA LARVICULTURA DO PIAUÇU Megaleporinus macrocephalus


PALAVRAS-CHAVES:

Seleção de bactérias, microrganismos autóctones, inibição de patógenos, desempenho produtivo, sanidade


PÁGINAS: 30
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca
SUBÁREA: Aqüicultura
ESPECIALIDADE: Piscicultura
RESUMO:

A atividade aquícola tem se intensificado cada vez mais, em contrapartida, uma série de problemáticas como os surtos de bacterioses, são cada vez mais imprevisíveis e acabam surgindo, surgindo nos sistemas de criação. Como remediação, o uso por vezes negligente de antibióticos, estimulam a seleção de genes de resistência dos microrganismos à estes fármacos. Assim, surge a necessidade do desenvolvimento de técnicas produtivas mais sustentáveis na aquicultura, afim de dispor de opções terapêuticas eficazes para reduzir as perdas em massa na criação de diversas espécies. Entre elas, o piauçu Megaleporinus macrcephalus, se destaca entre as espécies nativas, que é muito apreciada e tem grandes perspectivas produtivas. Como alternativa, os probióticos são usados para incrementar o desempenho produtivo, melhorar a qualidade sanitária e imunológica dos animais. São microrganismos vivos capazes melhorar a conversão de nutrientes da dieta, melhoram o equilíbrio da microbiota intestinal e ajudam na prevenção de doenças através da modulação do sistema imune do hospedeiro. Assim, a pesquisa objetivou isolar, selecionar in vitro bactérias autóctones do intestino de M. macrcephalus e avaliar o seu efeito, nas fases iniciais de desenvolvimento da espécie, sobre o desempenho do crescimento, modulação da microbiota e morfologia intestinal, além da resistência contra bactérias patogênicas. O estudo foi conduzido em duas etapas: a primeira em isolar e selecionar a cepa com potencial probiótico por testes in vitro. Para tanto, as cepas foram selecionadas do trato intestinal de 15 espécimes saudáveis e inoculadas em placas de Petri contendo Man Rogosa Sharped Agar (MRS), por 48 horas, a 35 ºC. Para o isolamento foram utilizados testes de catalase, coloração de Gram, tolerância a diferentes gradientes de NaCl (1, 2 e 3%), diferentes valores de pH (4, 5, 6, 8 e 9) e sais biliares (2,5 e 5%), além do halo de inibição contra bactérias patogênicas Aeromonas hidrophila, Aeromonas caviae, Aeromonas jandaei, Pseudomonas aeroginosa, Streptococcus agalactiae. Para a identificação das cepas isoladas, foi utilizado o método de espectofotometria de massa de MALDI-TOF-MS. Todos os testes foram realizados em delineamento inteiramente casualizado, com 4 repetições. Para os testes in vivo, náplios de Artemia sp. enriquecidas com probiótico autóctone Enterococcus faecium, pelo método de imersão durante 40 min, logo após foram ministradas em quatro tratamentos (C: sem probióticos; T1: 1,0 x 104; T2: 1,0 x 106 e T3: 1,0 x 108 UFC.mL-1) foram utilizados, em quadruplicata. As larvas (n=160; peso = 5,3 ± 2,3 mg e comprimento = 3,73 ± 0,4 mm) foram distribuídas em recipientes de 16 L na densidade de 10 larvas.L-1 durante 20 dias. Além disso, simultaneamente, outro experimento foi constituído de seis tratamentos, conduzido em delineamento inteiramente ao acaso, em esquema fatorial 3 x 2, composto por três frequências de alimentação (2x, 3x e 4x.dia) e duas dietas (I sem probiótico) e (II com probiótico), em cinco repetições, fornecidos via alimento vivo enriquecidas com probióticos, pelo mesmo método de enriquecimento do experimento anterior.  As larvas (n= 300; peso = 5,2 ± 2,6 mg e comprimento = 3,69 ± 0,4 mm) foram distribuídas em 30 recipientes de 1 L na densidade de 10 larvas.L-1. Após o período de experimentação, o desempenho produtivo, a sobrevivência, a microbiologia e histomorfometria intestinal foram medidos, além do desafio agudo contra a bactéria patogênica Aeromonas hydrophila. Os resultados apresentaram 42 cepas isoladas no experimento in vitro, com destaque para as cepas ST1 e ST9 que apresentaram maiores valores (P<0,05) para células viáveis totais (31,80 ± 0,07 e 32,51 ± 0,05 UFC/mL × 108), respectivamente. Nos testes de resistência, as cepas ST1 e ST9 apresentaram os melhores resultados, com destaque para ST9 em altos gradientes de pH, altos valores de sais biliares (2,5 e 5%), além dos maiores halos de inibição (19,40 ± 0,99 e 19,08 ± 0,79), contra Aeromonas hydrophila e Aeromonas jandaei, respectivamente. As cepas com melhores resultados nos testes, ST1 e ST9, foram identificadas pelo método de MALDI-TOF-MS como Enterococcus faecium (20218_1 CHB). Para os testes in vivo, a suplementação com 1,0 x 108 UFC.mL-1 promoveu maior ganho de comprimento (13,78 ± 0,40 cm) e peso total (0,08 ± 0,002 g), maior contagem de bactérias lácticas, menor de heterotróficos totais nos intestinos e maiores vilosidades intestinais. As dietas contendo probióticos influenciaram na resistência dos animais à infecção aguda, com menor mortalidade acumulada em T3 e maior em C+. Os resultados das frequências de alimentação mostraram interação significativa (p<0,05), com as maiores médias de ganho de comprimento e peso total para as frequências de 3 e 4x.dia (dieta II) suplementadas com probiótico, maiores contagens de bactérias ácido láticas na dieta II e maior contagem de bactérias heterotróficas totais na dieta I, nos intestinos. As dietas contendo probióticos influenciaram a resistência dos animais na infecção aguda, com menor mortalidade acumulada no grupo 4x.dia – dieta II, ao contrário do C+. Assim, a bactéria isolada E. faecium, isolada do trato intestinal do piauçu pode ser recomendada para uso probiótico na criação do M. macrocephalus na concentração (1,0 x 108 UFC.mL-1). A suplementação via alimento vivo é uma alterativa de inclusão de vários produtos e substancia na larvicultura, em especial, o probiótico promoveu melhoria no desempenho de crescimento, na modulação da microbiota intestinal e nas vilosidades do intestino e, maior resistência frente a bactéria patogênica. Além disso, a suplementação probiótica com a bactéria autóctone, nas frequências de 3 e 4x.dia também proporcionam melhora zootécnica, modulação da microbiota dos peixes e maior sobrevivência na infecção aguda contra A. hydrophila


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1488306 - CARLOS ALBERTO MARTINS CORDEIRO
Interno - 2244947 - DANIEL ABREU VASCONCELOS CAMPELO
Externo ao Programa - 961.091.142-00 - MÁRCIA VALÉRIA SILVA DO COUTO - UFPA
Externo à Instituição - JOEL ARTUR RODRIGUES DIAS
Externo à Instituição - LORENA BATISTA DE MOURA
Externo à Instituição - NATALINO DA COSTA SOUSA
Notícia cadastrada em: 12/04/2023 14:34
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