CARACTERIZAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES LEPTINA, SCD E MELATONINA EM BÚFALAS (Bubalus bubalis) NA AMAZÔNIA
Bubalus bubalis, genótipo, leite, Leptina, estearoil-CoA dessaturase
No Brasil, a criação de búfalos vem se desenvolvendo em larga escala, com crescimento anual de 4,3%. O Brasil possui 1.3 milhões de animais e a região norte concentra 64,1% desse efetivo, a região nordeste 9,7%, a sudeste 11,5%, a sul 9,0% e o centro oeste 5,8%, sendo o estado do Pará o principal criador com 38,6% dos búfalos do Brasil, seguido do Amapá com 18,1%. O objetivo deste trabalho foi avaliar geneticamente as populações de búfalas por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) e das técnicas de polimorfismo no comprimento do fragmento de restrição (RFLP) nos genes da leptina e estearoil-CoA dessaturase (SCD) e polimorfismo de conformação de fita simples (SSCP) para o gene da melatonina, e associar os genótipos à produção de leite. Foram avaliadas 69 amostras de Bubalus bubalis - 38 da raça Murrah, 18 mediterrâneo e 13 mestiças da raça Murrah com Mediterrâneo. As frequências de alélicas e genotípicas, a heterozigosidade observada e esperada, os coeficientes de endogamia (FIS), as probabilidades de equilíbrio de Hardy-Weinberg, a estatística F para diferenciação populacional e o índice de Shannon foram calculados usando os programas GENEPOP e GenALEx. As associações dos diferentes genótipos com o papel na produção de leite foram testadas por Análise de Variância (ANOVA) e teste t. Nós relatamos a contribuição alélica dos genes da leptina e do SCD para a variabilidade genética em rebanhos bubalinos na região amazônica brasileira. O alelo A foi o mais representativo para todos os genes da em todos os grupos raciais. Nenhum efeito significativo entre os genótipos e a produção de leite foi encontrado no presente estudo, mas há um indicativo de que o genótipo AA no gene da leptina afeta a produção de leite na raça Murrah.