TOXIDEZ DO AGROTÓXICO FENITROTIONA PARA A ESPÉCIE NÃO-ALVO Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862).
Agrotóxico, Camarão-da-amazônia, Estresse oxidativo, Segurança alimentar
A agricultura e a piscicultura continental tem grande importância econômica para a Região Amazônica. No entanto, essas atividades estão envolvidas no uso crescente de pesticidas, podendo causar efeitos prejudiciais em espécies não-alvo. O inseticida organofosforado fenitrotiona é comumente usado na agricultura como defensivo. Na aquicultura há relatos de seu uso em tanques de larvas de peixes para evitar predadores invertebrados. Os camarões de água doce da espécie Macrobrachium amazonicum são abundantes na Região e tem papel importante para alimento e renda para milhares de famílias. Até então não há estudos sobre o efeito do fenitrotiona sobre essa espécie não-alvo do pesticida. Neste estudo, vamos examinar os efeitos letais e subletais desse agrotóxico sobre o camarão-da-amazônia na fase juvenil. Serão testadas cinco doses de fenitrotiona para determinar a dose letal para 50% da amostra (DL50) e posteriormente serão testadas doses subletais. As soluções serão preparadas diluindo uma solução aquosa de fenitrotiona comercial para concentrações de 0,01, 0,1, 1,0 e 10,0 μg / L. A água sem o pesticida servirá como controle. Com base no valor obtido em 96 horas para DL50, serão testadas três concentrações subletais, correspondendo a aproximadamente 1/10, 1/5 e 1/2 da DL50. Essa etapa será realizada por um período de 30 dias, com 10 réplicas cada. Serão avaliados: crescimento, intervalo de muda, sobrevivência, mudança de comportamento e mudanças da cor do corpo. Adicionalmente, os animais serão eutanasiados e será verificado a expressão das enzimas relacionadas ao estresse oxidativo: catalase (Ma-CAT), superóxido dismutase (Ma-SOD), glutationa peroxidase (Ma-GPX), glutationa s-transferase (Ma-GTS), fosfatase ácida e fosfatase alcalina. Essas análises serão realizadas com a quantificação da expressão com uso da PCR em tempo real (qPCR).