SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR DE MACHOS NELORE E F1 SENEPOL X NELORE, IMUNOCASTRADOS OU NÃO, TERMINADOS A PASTO
condição sexuais, cruzamento, grupo genótipos, suplementação alimentar, terminação a pasto
A busca por alternativas que visem produtividade, qualidade, sustentabilidade e lucratividade, permite combinar tecnologias como cruzamentos, genética, condição sexuais e suplementação alimentar como estratégia de solução em sistemas de terminação a pasto. O objetivo de este trabalho foi avaliar o desempenho produtivo, econômico, características de carcaça e carne de machos Nelore (NE) e F1 Senepol x Nelore (SE), imunocastrados ou não, terminados a pasto com suplementação alimentar. O experimento foi conduzido na chácara Santa Luzia, em Araguaína – TO. Foram utilizados 28 machos, 14 NE e 14 SE, sendo que cada genótipo foram 7 imunocastrados (IC) e 7 não castrados (NC), terminados a pasto com capim Mombaça. Os animais ingressaram a experimentação com idade média de 12 – 14 meses e pesos inicial médio de 235,29 kg NE e 308,86 kg SE, utilizando-se um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 (genótipo x condição sexuais), distribuídos em quatro piquetes de 1 há cada, em sistema de pastejo continua e lotação fixa. O período experimental teve uma duração de 147, 168, 210 e 231 dias para SE NC, SE IC, NE NC e NE IC respectivamente. A suplementação foi de 1% no período das águas, 1,5% na transição água – secas e ad libitum no período seco. A coletas de amostras de capim e pesagem foram a cada 21 dias. A determinação de massa de forragem, acumulo e desaparecimento foram realizados por meio do sistema de triple emparelhamento. O abate foi realizado segundo as normas e regulamentações e continuando o fluxo normal do frigorifico comercial. Na avaliação durante o período de suplementação de 1% do PV, não houve diferença significativa (P>0,05) na interação genótipo e condição sexual (GExCS). Quando comparados entre genótipos, os SE apresentaram maior (P<0.05) peso vivo final (PVF), ganho de peso total (GPT), ganho médio diário (GMD), e menor ganho de peso em relação ao peso vivo inicial (GT) e eficiência de conversão de alimento (CA). No entanto, quando comparados entre condição sexual, os NC apresentaram maior (P<0.05) PVF, GPT, GMD, GT e melhor CA. Na avaliação durante o período de suplementação de 1,5%, houve interação entre GExCS (P<0,05) para as variáveis GPT, GMD e GT. Os SE IC apresentaram maior (P<0.05) GPT em relação aos SE NC. Os SE NC apresentaram maior (P<0.05) GMD em comparação aos NE NC e SE IC. Os SE NC apresentaram maior (P<0.05) GT quando comparados com NE NC. Os SE apresentaram maior (P<0.05) PVF, GT e melhor CA. Na avaliação geral dos períodos de suplementação, não houve interação entre GExCS. Os SE apresentaram maior (P<0.05) GMD, menor GPT, GT, CMN e melhor CA. Animais NC apresentaram maior (P<0.05) GMD, GT, menor CMN e melhor CA. Houve interação (P<0.05) entre o GExCS para rendimento de carcaça fria (RCF), em que NE NC apresentaram maior RCF (56,58%) em comparação aos SE IC, NE IC, SE NC com 55,07; 54,89; 54,36% respetivamente. Animais NC apresentaram maior (P<0.05) rendimento de carcaça quente (RCQ), quebra ao resfriamento (QR), espessura de gordura subcutânea (EGS). Os IC apresentaram maior (P<0.05) recorte de gordura (RG). Os NE apresentaram maior (P<0.05) RCQ e QR. Houve interação (P<0.05) entre o GExCS para traseiro especial (TE), em que SE IC apresentaram maior TE (47,13%) em comparação aos NE NC, NE IC, SE NC com 47,00; 46,41 e 45,97% respetivamente. Os SE apresentaram maior (P<0.05) peso de ponta de agulha (PA) e percentagem de musculo (M%). Os NC apresentaram maior (P<0.05) percentagem de dianteiro (DIA%) e M%. Houve interação (P<0.05) entre o GExCS para a* carne, pH final e força de cisalhamento (FC). Animais IC apresentaram maior (P<0.05) b* gordura, a* carne e b* carne. Os NC maior (P<0.05) FC.