POTENCIAL ANESTÉSICO DO EXTRATO AQUOSO DE JOÃO BRANDIM (Piper calossum Ruiz & Pav) EM TAMBAQUI Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)
Sedação, Estresse, Bem-estar, Eletrofisiologia, Nocicepção
Os anestésicos são frequentemente utilizados em pisciculturas para reduzir a motilidade durante a manipulação e atenuar o estresse dos animais durante o manejo em geral. Plantas do gênero Piper se mostraram eficientes na produção de óleos essenciais. Os óleos essenciais (OE) de plantas têm sido testados como anestésicos, sendo que existe a possibilidade de que o OE de João brandim, Piper callosum, possa apresentar atividade anestésica para organismos aquáticos. Assim, objetivou-se avaliar a eficiência anestésica do OE de João brandim (Piper callossum) em juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum), através da verificação dos tempos de indução e recuperação, em ensaios de concentração-resposta, seus efeitos sobre o comportamento, a capacidade de determinar depressão neural central, miorrelaxamento e os impactos sobre a função cardíaca. Para avaliação das latências à anestesia e recuperação, os peixes serão submetidos a no mínimo cinco concentrações diferentes de OE de P. callosum em banhos anestésicos, utilizando-se 15 peixes (~ 10g) por concentração de OE e 15 peixes que serão utilizados como controle (n = 15), manipulados de forma semelhante, mas sem OE adicionado à água. Para caracterização das respostas eletrofisiológicas serão utilizados juvenis de tambaqui (~ 10g) submetidos à anestesia com OE de P. callossum na melhor concentração conforme critérios estabelecidos e resultados obtidos nas análises comportamentais, sendo divididos em dois grupos: a) peixes não submetidos a anestesia (controle basal) e b) peixes submetidos à indução com OE de João brandim e subsequente recuperação. Serão utilizados 10 animais por grupo (n = 10) para análises de eletroencefalograma (EEG), eletromiograma (EMG) e eletrocardiograma (ECG) para confirmar a depressão neuronal central, o miorrelaxamento e a modulação cardíaca, respectivamente.