Criopreservação de embriões bubalinos produzidos in vitro a partir de diferentes métodos de vitrificação
criotolerância, crioprotetores, cultivo embrionário, búfalas
Os métodos de biotécnicas reprodutivas são quase todos aplicados na espécie bubalina, embora à maioria não seja tão eficiente como em bovinos, apresentando um rendimento relativamente baixo na produção in vitro de embriões (PIVE). Assim, surge à necessidade em se estudar os fatores necessários para melhorar a taxa de sucesso da aplicação dessas biotecnologias nesta espécie e a criação de um eficiente protocolo de criopreservação de embriões são essenciais. O objetivo do presente trabalho será avaliar a taxa de sobrevivência e viabilidade embrionária pós-criopreservação de embriões bubalinos produzidos in vitro e vitrificados por diferentes métodos. O experimento será conduzido na Universidade Federal do Pará, serão utilizados ovários bubalinos obtidos no abatedouro local e coletados logo após o abate. O rastreamento dos complexos cumulus oophorus (CCOs) será realizado com auxílio de estereomicroscopio, sob o fluxo laminar, e selecionados para o processo de PIVE. Após sete dias de cultivo in vitro os embriões formados serão classificados quanto o estádio de desenvolvimento para posteriormente vitrificá-los em três diferentes metodologias. Na primeira metodologia (M1), os embriões irão para gotas de equilíbrio (GE), contendo meio de lavagem (ML) suplementado com 10% de GLY a 37ºC, durante 5 minutos em seguida para segunda GE (ML + 20 % de EG + 10 % GLY a 37ºC) durante 5 minutos. Após esse período, os embriões serão transportados para a solução de vitrificação (ML + 25% de EG + 25% de GLY + 0,1M sacarose a 37ºC), após 30 segundos para a extremidade da haste da palheta de vitrificação e após 40 segundos imergidos em nitrogênio líquido (N2). Na segunda metodologia (M2), os embriões serão equilibrados em 10% EG + 10% DMSO + 0,3 M de sacarose, durante 4 minutos. Posteriormente, os embriões serão transferidos para o meio de vitrificação contendo 25% EG + 25% DMSO + 0,3 M de sacarose durante 45 segundos e imergidos em N2. Na terceira metodologia (M3), os embriões serão equilibrados em 20% EG + 10% SFB durante 3 minutos. Posteriormente, transferidos para o meio de vitrificação (30% EG + 18% Ficoll + 10,26% de sacarose), durante 45 segundos e imergidos em N2. O reaquecimento será feito imergindo-os em uma primeira solução (ML+ 1 M de sacarose, a 37ºC), durante 1 minuto. Em seguida, transferidos para ML + 0,5 M de sacarose, a 37ºC, por 5 minutos, em seguida para solução final (ML) por 10 minutos. Após esse processo serão cultivados (nas mesmas condições do cultivo de desenvolvimento) e para avaliar sobrevivência de blastocistos após vitrificação-aquecimento serão realizadas avaliações das taxas de reexpansão e eclosão com 24 e 48 horas de cultivo, realizando contagem do número total de células por embrião e ensaio do acúmulo lipídico com OilRed O em embriões. Os dados serão avaliados por analise de variância (ANOVA) e para as variáveis binomiais, será utilizado o teste do qui-quadrado ou Fischer, adotando-se o nível de significância de 5%, quando apropriado.
Palavras-chave: criotolerância, crioprotetores, cultivo embrionário, búfalas.