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Banca de DEFESA: DÁRIO LISBOA FERNANDES NETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DÁRIO LISBOA FERNANDES NETO
DATA: 30/05/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Instituto de Ciências Biológicas
TÍTULO:

Manejo da postura em muçuã Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766) submetidos a diferentes níveis de cálcio na dieta.


PALAVRAS-CHAVES:

Muçuã, Manejo reprodutivo, Dieta, Exigência nutricional


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Produção Animal
RESUMO:

O maior conhecimento das exigências alimentares, quanto aos minerais, podem servir de base para formulações em dietas de quelônios, como alternativas para corrigir deficiências destes compostos nas rações fornecidas em cativeiro. Este trabalho objetivou avaliar a influência do cálcio na qualidade do ovo e no desempenho produtivo de fêmeas Kinosternon scorpioides na fase de reprodutiva. O experimento foi conduzido no Campus Experimental Ermerson Salimos – Embrapa Amazônia Oriental. Foram utilizados 165 animais,150 fêmeas e 15 machos, distribuídos num delineamento inteiramente casualizado em 15 unidades experimentais, na relação de 10:1. Os animais foram submetidos a cinco tratamentos com dietas isonutritivas variando apenas os níveis de cálcio (1.7, 2.7, 3.7, 4.7 e 5.7% Ca) em três repetições. Os resultados mostraram que houveram diferenças significativas (p<0,05) no peso da carapaça mais plastrão, rendimento de carcaça e peso dos rins. O maior peso do casco foi observado nas fêmeas que receberam dietas com o maior nível de cálcio (T5), não se diferenciando também nos tratamentos T1, T3 e T4. O maior rendimento de carcaça foi observado nos tratamentos com 3,7% e 4,7% de Ca. O menor rendimento de carcaça foi encontrado no tratamento T2, por ter apresentado o menor peso de carapaça mais plastrão (P<0,05), este também apresentou o maior peso dos rins (p<0,05). Os menores pesos de rins foram registrados nos tratamentos 4,7 e 5,7% Ca. Não houve diferenças significativas no peso vivo, peso da carcaça sem a carapaça, peso do coração, peso do fígado e peso dos ovários (p>0,05). Houve diferença significativa (p<0,05) na produção de ovos, na taxa de postura, no número de ninhos e na conversão alimentar por ovo. Os melhores resultados foram encontrados no tratamento T3 e T4, ou seja, quando as dietas continham entre 3,7% e 4,7% Ca. Níveis de cálcio acima desses valores, com nível de 5,7% Ca não se diferenciam estatisticamente, porém causaram a diminuição em todos os demais parâmetros. Ração com níveis abaixo de 3,7% Ca causaram diminuição significativa na produção de ovos, taxa de postura e quantidade de ninhos. Não houve influências significativas (p>0,05) dos diferentes níveis de cálcio na quantidade na profundidade e ovos por ninho. Houve diferença significativa (p<0,05) no peso dos ovos e na massa de ovos. Os ovos de maior peso foram ovipostos por fêmeas submetidas a 4,7% de cálcio (T4) na dieta. A massa de ovos, o produto entre a produção de ovos e o seu peso, apresentaram melhores resultados nos níveis de 3,7% e 4,7% Ca. Nível baixo de cálcio (1,7% Ca) na dieta de fêmeas em postura causam significativas perdas de peso no ovo. O cálcio na dieta das fêmeas não influenciou (p>0,05) no comprimento e na largura dos ovos. O ciclo de postura foi maior quando a dieta continha 3,7% Ca (T3). Níveis acima de 5,7% ou abaixo até 2,7% Ca diminuíram o ciclo de postura, mas sem significância (P>0,05). No entanto, o nível baixo de cálcio (1,7% Ca) causa diminuição significativa no tamanho do ciclo de postura. O maior consumo de ração foi no tratamento T3, no entanto, este apresentou a maior massa de ovo, e melhor conversão alimentar por ovo, junto ao tratamento T4. Por outro lado, o menor consumo de ração foi registrado nos animais que receberam a dieta com menor nível de cálcio (1,7% Ca), com isso, esses animais ingeriram a menor quantidade de cálcio dentre todos os tratamentos (p<0,05). A maior ingestão de cálcio foi observada no tratamento T5 (5,7% Ca), demonstrando que esse mineral não limita o consumo da ração, visto que, esses animais não diferiram no consumo de ração durante a postura do tratamento de maior consumo (T3). A pior conversão alimentar por ovo foi encontrada no tratamento T2. Nos tratamentos com o maior nível de cálcio (5,7%) a conversão por ovo diminuiu, mas não teve efeito significativo quando comparado com o tratamento de pior conversão (2,7%).  O período de postura teve duração de cinco meses, com início em maio e término em setembro, e foram ovipostos 1058 ovos. O pico de postura ocorreu nos meses de junho e julho com 57,08% de ovoposições. No total, 297 ninhos foram registrados. A maior quantidade de ninhos acompanhou a produção de ovos, ocorrendo também nos meses de junho e julho (63,29%). Não houve diferença significativa na média de ovos por ninho, que foi de 3,455±0,375, a maioria dos ninhos continha entre 3 a 4 ovos (54,20%). Os menores níveis de cálcio e o maior (1,7%, 2,7% e 5,7% Ca) na dieta das fêmeas elevaram a quantidade de ninhos com apenas 1 ovo.  O maior consumo de ração em todos os tratamentos ocorreu no mês de julho, mês de pico de postura. O consumo de ração diferenciou-se significativamente (p<0,05) entre as fêmeas que receberam os variados níveis de cálcio. A média do consumo de ração por fêmea durante o ciclo de postura foi de 1,66g/animal/dia. A largura dos ovos sofreu influência (p<0,05) ao variar os níveis de cálcio na dieta das fêmeas. O tratamento que obteve melhor resultado sobre o parâmetro avaliado foi o que continha 3,7% (p<0,05) de Ca na dieta e o aumento dos níveis de cálcio acima desse valor, como em T4 e T5, não prejudicam a largura dos ovos. No entanto, dietas contendo valores baixos de cálcio na dieta (1,7% e 2,7% Ca), causam significativa diminuição da largura dos ovos. A menor largura dos ovos foi observada no tratamento T2 seguido do T1. Não houve influência do cálcio na força de cisalhamento, nem tanto nas medidas de largura e espessura do musculo dorsal do pescoço. Não houve influência do cálcio na força de cisalhamento, nem nas medidas de largura e espessura do musculo dorsal do pescoço. Os níveis de cálcio total e fosforo total responderam (P<0,05) aos teores de cálcio na dieta das fêmeas. As maiores concentrações desses elementos foram encontradas no sangue de fêmeas alimentadas com 3,7% Ca. O maior (5,7% Ca) e o menor (1,7% Ca) nível de cálcio nível na dieta causaram uma diminuição significativa nos níveis séricos de cálcio total. Sendo que os níveis de cálcio na dieta acima de 3,7% Ca causaram uma queda no fósforo total do sangue. A quantidade de proteína albumina, cálcio ionizado, sódio e potássio não sofreram significativas influências dos tratamentos nutricionais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1172261 - DIVA ANELIE DE ARAUJO GUIMARAES
Externo ao Programa - 2244947 - DANIEL ABREU VASCONCELOS CAMPELO
Externo ao Programa - 1656792 - MARCOS FERREIRA BRABO
Externo ao Programa - 1181595 - MARIA AUXILIADORA PANTOJA FERREIRA
Externo à Instituição - EDNALDO DA SILVA FILHO
Externo à Instituição - ISRAEL HIDENBURGO ANICETO CINTRA
Notícia cadastrada em: 14/05/2018 09:20
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