Caracterização química de tortas de oleaginosas e avaliação in vitro do uso de tortas de oleaginosas, óleos e extratos vegetais da Amazônia na nutrição e na mitigação da produção de metano em ruminantes
aditivos, AGV, CH4, microbiota, modulação, subprodutos, archea
Esta tese objetivou a caracterização química de tortas prensadas de oleaginosas (TPO) e a avaliação in vitro de dietas para ruminantes contendo tortas de oleaginosas, óleos e extratos vegetais da Amazônia como ingredientes moduladores ruminais e da produção de metano, para tal foram desenvolvidos dois experimentos. No primeiro experimento objetivou-se caracterizar a composição de doze TPO e avaliar o efeito do uso de TPO, cinco óleos e dois extratos vegetais amazônicos na cinética de produção de gases in vitro de dietas para ruminantes, usando a técnica semiautomática. Os tratamentos foram arranjados em fatorial inteiramente randomizado, 12×4 (12 TPO, 4 níveis), 2×5×4 (2 tipos de dietas, 5 óleos, 4 doses) e 2×2×4 (2 dietas, 2 extratos, 4 doses) De modo geral, as interações TPO×nível, óleo×dose e extrato×dose não foram significativas (P>0,05), exceto DEIVMS das TPO em 96 h, taxa fermentativa para óleo em dieta com concentrado e CO2 mg g-1 MS para os óleos em dieta volumosa. As TPO são alternativas de ingredientes para alimentação de ruminantes, as de castanha-do-pará, coco, pracaxí e babaçu são opções de ingredientes proteicos e a de bacuri como energético e podem ser incluídos em até 30% da MS de dieta a base de silagem de milho sem prejudicar a degradação in vitro às 96 horas. As tortas e seus níveis, em até 30% da dieta, não afetam de forma geral a produção de metano in vitro até 12 horas de incubação. Os óleos de andiroba, copaíba, tucumã e pracaxí e o resíduo do refinamento do óleo de palma adicionados em até 4% do volume total do inóculo não afetam a produção e concentração de gases in vitro às 12 h de incubação. O mesmo para os extratos vegetais obtidos por Ananas erectifolius (curauá) e Luehea divaricate (açoita-cavalo) nas doses administradas até 200ppm na MS da dieta. No experimento dois, objetivou-se determinar o efeito do óleo de tucumã na fermentação in vitro, produção de gases e microbiologia ruminal, usando o Rusitec, em delineamento inteiramente randomizado com três tratamentos e duas repetições (vasos). Os tratamentos foram: dieta controle; dieta com adição de óleo em 0,5% do volume total do vaso (4mL); e dieta com adição de óleo em 1% do volume total do vaso (8mL). As variáveis mensuradas diariamente foram pH, redox, N-NH3, AGV totais e AGV de cadeia ramificada), produções de gás total, CH4 e CO2 (%, mL/d, e mg/gMS). Amostras de DNA para diversidade da microbiota bacteriana (associada à fase líquida – LAM e associada à fase sólida – SAM) As doses de tucumã não afetaram o pH e AGV totais (P<0,05), no entanto alteraram a proporção molar com aumento de propionato e redução de acetato e butirato (P>0,05) e a maior dose de óleo reduziu a produção de CH4