PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES BUBALINOS: SELEÇÃO DE ANIMAIS DE ALTA PRODUÇÃO/REPRODUÇÃO E INFLUÊNCIA DA SAZONALIDADE NA REGIÃO NORDESTE DO PARÁ.
Ovum Pick-Up,PIVE, Bubalusbubalis, búfalos
A aplicação da PIV em escala comercial se tornou viável após o advento da aspiração folicular in vivo (ovumpickup – OPU) e pelo aperfeiçoamento das técnicas de cultivo embrionário in vitro. Entretanto, embora a PIVE possa ser realizada com algum sucesso em bubalinos, apresentando taxas de maturação (80%), Clivagem (50%) e formação de Blastocisto(20%)nestes animais esta técnica ainda apresenta baixas taxas de produção de blastocistos e nascidos após a transferência dos embriões. Neste sentido essa pesquisa pretende estabelecer estratégias para aumentar a eficiência da produção in vitro de embriões (PIVE) bubalinos. Neste trabalho serão avaliados o efeito do fotoperíodoe pluviosidade sobre a quantidade e qualidade dos embriões produzidos in vitro a partir de oócitos obtidos por OPU (Ovum Pick-Up) e a eficiência de protocolos de sincronização de receptoras dos embriões em relação à taxa de resposta ao tratamento (vacas com ou sem corpo lúteo) e em relação à taxa de prenhez. Para a produção in vitro de embriões serão realizadas no total 100 sessões de OPU com 2 diferentes grupos de 45 búfalas de alta produção leiteira, previamente selecionadas através de exame ginecológicocriadas em uma propriedade particular localizada no município de Bujaru, estado do Pará. As OPUs serão realizadas semanalmente em 8-10 animais com intervalo mínimo de aspiração de 14 dias para cada búfala e, em cada sessão os CCOs(Complexo Cumulus-Oophorus) serão selecionadose fecundados 20 horas após a maturação. Aproximadamente 24 horas após a fertilização, os prováveis zigotos serão transferidos para gotas com meio de SOF (“Syntheticfluidoviduct”). Para a sincronização das receptoras serão avaliados 3 protocolos: 1º -Dia zero (D0): 2mL de benzoato de estradiol (BE)+implante intravaginal de progesterona (P4); Dia nove (D9):retirada do implante intravaginal de progesterona (P4), administração de 2mL de prostaglandina (PGF2α), 1,5mL de gonadotrofina coriônica equina (eCG) e 0,5mL de cipionato de estradiol (ECP). 2º - Dia zero (D0): 2mL de benzoato de estradiol (BE)+implante intravaginal de progesterona (P4); Dia nove (D9): retirada do implante intravaginal de progesterona (P4), administração de 2mL de prostaglandina (PGF2α), 1,5mL de gonadotrofina coriônica equina (eCG); Dia onze (D11): 1mL de GNRH. 3º - Dia zero (D0): 2mL de benzoato de estradiol (BE)+implante intravaginal de progesterona (P4); Dia nove (D10): retirada do implante intravaginal de progesterona (P4), administração de 2mL de prostaglandina (PGF2α), gonadotrofina coriônica equina (eCG); Dia onze (D12): 1mL de GNRH.Posteriormente serão coletados os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) no período de 16/06/16 à 30/06/18, onde utilizaremos parâmetros mensais de Temperatura (máxima, média e mínima), Umidade relativa do ar, Insolação diária, Chuva acumulada e Índice de conforte térmico dos animais. A análise estatística da produção in vitro de embriões será apresentada como médias dos valores ± desvio padrão diferenciadas através da análise de variância (ANOVA) e o pós-teste de Tukey. Para a avaliação dos protocolos de sincronização das receptoras será utilizado o teste t de student para detectar a resposta ou não ao tratamento. E para a avaliação da influência dos parâmetros climáticos sobre a produção in vitro de embriões será feito o teste de correlação linear simples, todos através do software SAS com nível de significância de 5%.