ESTRATÉGIA ALIMENTAR NA PRODUÇÃO DO CICLIDEO ORNAMENTAL AMAZÔNICO ACARÁ-SEVERO (HEROS SEVERUS HEKEL 1840): LARVICULTURA E ALEVINAGEM
peixe ornamental, manejo alimentar, privação alimentar, piscicultura ornamental
O Acará-severo(Heros severus) é uma espécie nativa da bacia amazônica que apresenta grande potencial para piscicultura ornamental, apresentando cores exuberantes além de um valor econômico atrativo no mercado de organismos aquáticos ornamentais. Entretanto há poucas informações científicas sobre as condições ideais de criação para a espécie desde reprodução, larvicultura, nutrição e manejos alimentares. Neste contexto um dos grandes entraves da produção em cativeiro de organismos aquáticos ornamentais é a falta de conhecimento sobre a exigência e manejo nutricional das espécies produzidas. Desta forma o presente trabalho teve como objetivo determinar as frequências e taxas de alimentação na larvicultura e alevinagem de Acará severo, além de estratégias de manejo alimentar a partir ciclos de privação alimentar. Os estudos foram divididos em três experimentos onde: o primeiro objetivou-se determinar a taxa e a frequência alimentar de larvas de H. severus, sendo que o experimento foi realizado em um esquema fatorial 4x2 com quatro taxas de alimentação 100, 150, 200, 250 náuplios de Artemia por larva dia) e duas frequências de alimentação (2 ou 4x ao dia) durante 15 dias (período de larvicultura); no segundo experimento foi avaliado o desempenho produtivo e higidez de alevinos de Acará-severo submetidos a ciclos de privação alimentar: 7/0 sete dias de alimentação e zero dias de privação; 6/1 seis dias de alimentação e um dia de privação; 5/2 cinco dias de alimentação e dois dias de privação e ALT alimentação em dias alternados, durante 90 dias;e no terceiro experimento foram avaliadas taxa e frequência de alimentação para alevinos de acará severo produzidos em sistemas de recirculação, constituindo-se em um experimento utilizando um esquema fatorial 3x2 com três taxas de alimentação (3, 6, 9%PV.dia-1) e duas frequências alimentares (2 ou 4 alimentações ao dia) durante 90 dias. Ao fim dos experimentos foi realizado a avaliação dos parâmetros zootécnicos e avaliação de higidez (experimentos 2 e 3) pela avaliação hematológica. Os resultados foram submetidos ao teste de Tukey a 5%. Os resultados apontaram que larvas de Acará-severo devem ser alimentadas com 250 náuplios de Artemia divididos em quatro alimentações diárias. Na alevinagem os peixes desta espécie podem ser submetidos a privação alimentar de 1 dia promovendo economia de 10% de ração e 14%na mão de obra, sem que afete desempenho produtivo, o grau de higidez e a sobrevivência dos peixes. A melhor taxa de alimentação para alevinos é de 6% da biomassa e pode ser fornecida duas vezes ao dia sem comprometer índices zootécnicos e hematológicos.