Consumo e digestibilidade em ovinos submetidos a dietas contendo óleo residual de fritura.
alimentação, animal, impactos ambientais, resíduo poluente.
O óleo residual de fritura (ORF) está entre os materiais que representam grandes riscos ao meio ambiente pelo seu alto poder poluente. O aproveitamento desse resíduo na alimentação de ovinos pode ser uma alternativa para minimizar impactos ambientais, aumentar a concentração energética das dietas e reduzir os custos de produção. A presente pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito da inclusão ORF em dietas para ovinos, e determinar a concentração ideal de óleo na dieta. O experimento foi conduzido na Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA. Foram utilizados 25 cordeiros machos, inteiros, da raça Santa Inês. Os animais serão alimentados duas vezes e as dietas experimentais foram formuladas na proporção volumoso/concentrado de 50:50, sendo o volumoso composto por silagem de cana e concentrado a base de milho moído, farelo de soja, farelo de trigo, óleo de fritura residual, calcário calcítico e uréia. Foram avaliadas cinco concentrações de ORF, obtido de um microempresário que trabalha exclusivamente na venda de batatas fritas. O óleo integrou as dietas nas concentrações 0; 2; 4; 6 e 8% da matéria seca das dietas. O período experimental teve duração de 21 dias, sendo 14 dias para adaptação e sete dias para coleta total de fornecido, sobras e fezes. Foram determinados o consumo e a digestibilidade da Matéria Seca (MS), Matéria Orgânica (MO), Extrato Etéreo (EE), Proteína Bruta (PB), Fibra em Detergente Neutro (FDN) com correções dos teores de cinzas e proteína, e Fibra em Detergente Ácido (FDA). O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com cinco concentrações de ORF e cinco repetições por tratamento. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de regressão polinomial através do procedimento REG do SAS (2008) para estimar os ajustes das curvas ao nível de 5% de probabilidade.