USO DE ALIMENTOS DERIVADOS DA MANDIOCA PARA TERMINAÇÃO DE OVINOS EM CONFINAMENTO
Bioeconomia, Manihot esculenta, nutrição de ruminantes, subprodutos, sustentabilidade
A mandioca é uma cultura altamente versátil, com significativo potencial nutritivo, tornando-se uma alternativa econômica e sustentável aos ingredientes convencionais na alimentação de ruminantes. Seus derivados, ricos em proteínas e carboidratos, podem substituir o milho e a soja nas dietas de terminação de ovinos sem comprometer o desempenho dos animais. Este estudo tem como objetivo avaliar o uso de casca de mandioca enriquecida e silagem de PMR, compostos por derivados de mandioca, como ingredientes energéticos e proteicos concentrados, bem como volumosos em dietas para ovinos confinados em fase de terminação. O experimento será realizado na Fazenda Escola de Igarapé-Açu (UFRA) com 40 cordeiros da raça Santa Inês. O ensaio de consumo e digestibilidade seguirá um delineamento quadrado latino duplo 4 × 4, com 14 dias de adaptação e 7 dias de coleta, envolvendo 8 animais. Os 32 cordeiros restantes serão alocados em delineamento em blocos casualizados, avaliando-se quatro dietas experimentais com 8 repetições cada. As dietas foram formuladas para atender as necessidades nutricionais visando um ganho diário de 200 g. As formulações incluem: dieta convencional (silagem de capim mombaça, milho moído, farelo de soja e aditivos), dieta não convencional (silagem de parte aérea e casca de mandioca, além de farelo de folha de mandioca desidratada), uma dieta mista (ingredientes convencionais e não convencionais) e uma quarta dieta composta por farelo de folhas e casca de mandioca enriquecida e silagem de capim mombaça. Os animais permanecerão confinados por 84 dias, sendo 14 de adaptação e 70 de avaliação, e serão analisados quanto ao consumo, ganho de peso, conversão alimentar e comportamento ingestivo. Após a coleta de dados, as pressuposições de normalidade dos erros e homogeneidade de variância serão verificadas pelos testes de Cramer-von Mises e Brown e Forsythe. Posteriormente, os resultados serão submetidos à análise de variância pelo programa SAS (2008), utilizando-se o procedimento PROC GLM, com comparação de médias pelo teste de Tukey a 5% de significância.