ESTRATÉGIAS ALIMENTARES DE SUPLEMENTAÇÃO NA RECRIA DE BOVINOS DE CORTE EM PASTAGEM TROPICAL
desempenho, DDGS, pastagem, produção de gases, proteína, ruminantes
A revisão de literatura apresenta uma base teórica dos diferentes tipos de suplementos, uso de DDGS de milho, características e uso em diferentes épocas do ano. O capítulo II teve como objetivo avaliar o uso de DDGS como FP em SPE ou SE na recria de machos Nelore. Foram utilizados 28 bovinos Nelore, machos, não castrados, com peso médio inicial de 286,64 kg PC e 14 meses de idade. Os animais foram distribuídos inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2x2 (Níveis de fornecimento de suplemento – NS e Fonte de proteína – FP). Foram utilizados dois produtos comerciais (SPE – suplemento proteico energético e SE – suplemento energético), cada produto contendo ou não DDGS como FP. Sendo, NS1,0% – oferta do SE a 1,0% PC durante o período das águas e transição, e Ad libitum durante o período da seca; e NS0,5% – oferta do SPE a 0,5% PC durante o período das águas, SE a 1,0% PC durante a transição e Ad libitum do SE durante o período da seca. Durante o período das águas (98 dias) e no total do experimento (144 dias), não houve diferença significativas no desempenho dos animais para a interação entre fatores, nem para os fatores independentes. A SPE 0,5% PC durante o período das águas, permitiu uma redução de 33,74% no custo diário de suplementação e, consequentemente, uma maior diferença de L, LUCR, RENT e TIR (R$ 337,97; 11,20%; 12,61% e 2,23%, respetivamente); em relação a SE 1,0% PC (R$ 222,29; 7,29%; 7,87% e 1,44% respetivamente). O DDGS pode ser utilizada como uma alternativa de FP. No capítulo III, objetivou-se avaliar a cinética de fermentação e degradabilidade ruminal efetiva in vitro, de dietas utilizando ou não DDGS como FP simulando bovinos a pasto. Foram realizados dois ensaios, o primeiro utilizando concentrado c/DDGS ou s/DDGS e a segunda, a simulação de dietas a pasto com proporções de 20:80 e 40:60 em relação da MS, concentrado:volumoso respetivamente. O delineamento foi em blocos casualizado em esquema fatorial 2 x 2 (Tipo de concentrado – TS e Fonte de proteína – FP), distribuídos em 4 blocos em cada ensaio, com tempos de mensuração de gases produzidos de 3; 6; 9; 12; 16; 20; 24; 30; 36; 48; 72 e 96 horas. Para o TS foi considerado como concentrado energético – SE ou concentrado proteico-energético – SPE sendo distribuídos em, com DDGS – c/DDGS ou sem DDGS – s/DDGS como FP. Os concentrados SPE e SE apresentaram composição bromatológica diferente em PB, FDN, FDA e Cinzas. Em concentrado s/DDGS e c/DDGS mostraram composição diferente para NDT, FDN, FDA e EE. Os padrões de cinética de fermentação para os concentrados se mostraram inferiores para SPE e em dietas com relação 20:80 SPE-volumoso respetivamente. Em concentrados s/DDGS e em dietas c/DDGS apresentaram os menores padrões de cinética de fermentação. Em concentrados SPE, dietas 20:80 SPE-volumoso e concentrados e dietas c/DDGS apresentaram menores tempo de incubação. Maiores DMS foram obtidos em concentrados SE, dietas 40:60 SE-volumoso e em dietas s/DDGS. Em concentrado SPE, dietas 40:60 SE-volumoso e concentrados c/DDGS apresentaram maiores DMO. Tanto para concentrado como nas dietas houve interação entre tipo de concentrado e FP para produção de CH4. O tipo de concentrado e o nível de inclusão de volumoso, influência na produção de gases, DMS e DMO, e produção de CH4. O capítulo IV, Objetivou-se avaliar o desempenho produtivo e econômico de novilhas submetidas a suplementação mineral com ureia ou suplementação proteica durante os períodos de transição água-seca e seca. Foram utilizadas 84 novilhas Nelore com peso médio inicial de 249,60 kg e 12 meses de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos, SMU (SMT – suplementação mineral com 22% NNP eq. Proteico durante a transição e SMUS – suplementação com ureia 56,5% de PB durante a seca) e SP (SPT – suplementação proteica 30% de PB durante a transição e SPS – suplementação proteica 45% de PB durante a seca). Durante o período de transição águas-seca, não houve diferenças significativas para PCI, PCF, GPT, GMD, TL e GPA. No entanto, durante o período seco, observou-se diferenças significativas no GPT, GMD e GPA, com maiores ganhos para o tratamento SMUS. Os animais submetidos a SMU, obtiveram maiores GPT, GMD e GPA. Melhores resultados econômicos foram obtidos pelos animais submetidos a SMU. A suplementação mineral com ureia durante a transição água-seca e seca possibilita maior desempenho e redução de custos de suplementação. O capítulo V, objetivou-se avaliar o desempenho produtivo e econômico da suplementação proteica ou proteico-energética de novilhas Nelore, manejados a pasto com aplicação única ou parcelada de P durante o período das águas. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2; fator 1 – tipo de suplementação (SUP), SP1 – suplementação proteica com fornecimento de 1 g. kg PC e SPE3 – suplementação proteico energético com fornecimento de 3 g. kg PC; fator 2 – forma de aplicação de P (FA), AU – aplicação única de P e AP – aplicação parcelada de P. Foram utilizadas 28 novilhas Nelore, com peso corporal inicial de 254,39 kg e 14 meses de idade. A duração total do experimento foi de 82 dias. Houve interação entre os fatores (p<0,05) para ganho de peso por área – GPTA, produção por arroba – Prod. e taxa de lotação – TL. Também houve interação entre fatores (p<0,05) para CLT. Houve interação entre fatores (p<0,05) para escore corporal final. Maior número de animais com classificação APTO foram observadas durante a avaliação reprodutiva nos tratamentos SPE3 e AU. Maior retorno econômico por área para SP1 e AU. A adubação de pastagens aumenta a produtividade e qualidade da forragem, permitindo aumento da taxa de lotação, maior retorno econômico por unidade de área e diminuição no custo de suplementação.