UTILIZAÇÃO DE HIDROLISADO PROTEICO DE PESCADO EM DIETAS PARA JUVENIS DE TAMBAQUI (Colossoma macropomum CUVIER, 1816)
Ingrediente alternativo; hidrolisado proteico; nutrição; tambaqui.
O uso de novos ingredientes em dietas de organismos aquáticos, visa minimizar a dependência em alimentos futuramente escassos e contribuir com o aumento da sustentabilidade, expansão e competitividade no setor da aquicultura. Neste contexto, os hidrolisados proteicos, além de transformarem esses coprodutos em proteína que podem ser incluídas nas rações, também promovem a otimização das suas funcionalidades facilitando a absorção dos nutrientes pelos animais, influenciando no aumento da atividade enzimática e capacidade absortiva intestinal, resultando em melhores índices de digestibilidade e, consequentemente, beneficiando o crescimento, sobrevivência e a imunidade dos peixes. O tambaqui se adapta com facilidade as condições e sistemas de criação, tem facilidade da obtenção de alevinos, excelente potencial de crescimento, alta produtividade, rusticidade e grande aceitação pelo mercado consumidor, possui hábito alimentar onívoro. Com isso, o objetivo deste estudo será avaliar os efeitos da inclusão do hidrolisado proteico de frango e hidrolisado proteico de peixe em dietas para alevinos de tambaqui (Colossoma macropomum). O trabalho terá quatro fases, onde na primeira fase experimental será determinado o coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca, proteína bruta, lipídeos totais, matéria mineral e energia bruta dos três hidrolisados proteicos de peixes e do farelo de soja e farinha de peixe para alevinos de tambaqui. Na segunda, terceira e quarta fase experimental, será avaliado o desempenho produtivo, composição corporal, digestibilidade, microbiota intestinal e histomorfometria do intestino de alevinos de tambaqui alimentados com dietas contendo níveis crescentes de inclusão do hidrolisado proteico de peixe. Os tratamentos consistirão de cinco dietas teste com níveis de 0, 25, 50, 75 e 100% de substituição de um ingrediente proteico pelos hidrolisados proteicos avaliados. Serão utilizados 300 alevinos com comprimento e peso homogêneos que serão distribuídos aleatoriamente em 15 aquários cônico cilíndrico com capacidade útil de 70L de água na densidade de 20 alevinos aquário-1. Os peixes serão alimentados quatro vezes ao dia, por 60 dias. Durante os experimentos será realizada a coletas das fezes, para a determinação da digestibilidade aparente dos nutrientes e energia dos ingredientes e das dietas em cada experimento. Ao final dos experimentos, os peixes, serão pesados, medidos e contados para a determinação do desempenho produtivo e amostras serão separadas para determinação da composição corporal, digestibilidade e histomorfometria do intestino dos peixes. As análises estatísticas da primeira fase, os dados serão submetidos aos testes de normalidade e a homocedasticidade de Lilliefors e Bartlett, respectivamente. Em seguida, os CDAs dos nutrientes dos diferentes ingredientes serão submetidos à análise de variância (ANOVA) e, quando apresentar diferença significativa (p<0,05), será empregado um teste de Tukey a 5% de significância. Nos experimentos da segunda, terceira e quarta fase, em caso de significância na análise de variância (ANOVA), ao nível de 5% de probabilidade, será realizada a análise de regressão polinomial e/ou LRP (Linear Response Plateau), ao nível de 5% de probabilidade. Todas as análises estatísticas serão realizadas com auxílio do software SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas, 9.1).