Determinação da ocorrência de anticorpos anti-leptospira em búfalos (Bubalus bubalis) criados no bioma amazônico paraense
lepstopirose; diagnóstico; bubalinocultura; Ilha de Marajó
A criação de búfalos vem se destacando dentre as diferentes produções pecuárias por várias regiões do mundo, devido ao potencial produtivo da espécie, que resulta em produtos com características específicas, de boa qualidade e com alto valor agregado. A carne do búfalo com baixo teor de gordura, maior teor proteico, e seu leite com maior rentabilidade industrial, além do couro e o uso para o trabalho e tração, tem feito da bubalinocultura um segmento econômico alternativo importante e atrativo. No Brasil, os búfalos foram introduzidos no final do século XIX, originários da Ásia, Europa e Caribe. Atualmente são criados em franca expansão em diferentes regiões do país, por apresentar alta rusticidade e adaptabilidade a diferentes climas e relevos, características que favorecem sua produção, representando uma opção econômica tanto para pequenos produtores quanto para produções mais tecnificadas brasileiras.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado do Pará se destaca por possuir o maior quantitativo bubalino brasileiro com cerca de 508 mil cabeças que estão distribuídas no baixo, médio amazonas e, principalmente, na Ilha de Marajó onde se encontra a maior concentração, com 378 mil animais, sendo a bubalinocultura o principal setor econômico da Ilha. O bioma amazônico reúne características favoráveis para a criação de bubalinos, onde estes animais são produzidos predominantemente de forma ultra extensiva, caracterizado por um deficiente controle nutricional e sanitário, tornando-os favoráveis a instalação de doenças infecciosas e carênciais, sendo, por isso, importante o controle, a investigação e o monitoramento de doenças nestes animais para que não diminuam seu potencial produtivo e consequentemente o lucro do criador.
A leptospirose, uma das principais doenças infecciosas que podem acometer os búfalos, pode afetar desde a fertilidade do rebanho por causar aborto, até a qualidade e quantidade da produção de leite em decorrência de quadros clínicos de mamite, tornando-a uma doença importante pelos possíveis impactos negativos na cadeia produtiva bubalina. Além do efeito direto sobre a pecuária, principalmente a paraense, a leptospirose, uma antropozoonose, em decorrência das características do estado do Pará, que está localizado no bioma amazônico, região tropical, onde o clima favorece o desenvolvimento desta doença, pode ser considerada também um problema de saúde pública, com a possível participação do búfalo como elo importante na manutenção do ciclo da leptospirose para o ser humano.
Diante da importância da bubalinocultura como importante e emergente segmento pecuário no Brasil, em especial para estado do Pará, associado ao negligenciamento do controle, investigação e monitoramento das doenças infecciosas nestes animais, o presente estudo teve como objetivo determinar a ocorrência de anticorpos anti-leptospira em soros sanguíneos de búfalos criados no bioma amazônico paraense.
A criação de búfalos vem se destacando dentre as diferentes produções pecuárias por várias regiões do mundo, devido ao potencial produtivo da espécie, que resulta em produtos com características específicas, de boa qualidade e com alto valor agregado. A carne do búfalo com baixo teor de gordura, maior teor proteico, e seu leite com maior rentabilidade industrial, além do couro e o uso para o trabalho e tração, tem feito da bubalinocultura um segmento econômico alternativo importante e atrativo. No Brasil, os búfalos foram introduzidos no final do século XIX, originários da Ásia, Europa e Caribe. Atualmente são criados em franca expansão em diferentes regiões do país, por apresentar alta rusticidade e adaptabilidade a diferentes climas e relevos, características que favorecem sua produção, representando uma opção econômica tanto para pequenos produtores quanto para produções mais tecnificadas brasileiras.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado do Pará se destaca por possuir o maior quantitativo bubalino brasileiro com cerca de 508 mil cabeças que estão distribuídas no baixo, médio amazonas e, principalmente, na Ilha de Marajó onde se encontra a maior concentração, com 378 mil animais, sendo a bubalinocultura o principal setor econômico da Ilha. O bioma amazônico reúne características favoráveis para a criação de bubalinos, onde estes animais são produzidos predominantemente de forma ultra extensiva, caracterizado por um deficiente controle nutricional e sanitário, tornando-os favoráveis a instalação de doenças infecciosas e carênciais, sendo, por isso, importante o controle, a investigação e o monitoramento de doenças nestes animais para que não diminuam seu potencial produtivo e consequentemente o lucro do criador.
A leptospirose, uma das principais doenças infecciosas que podem acometer os búfalos, pode afetar desde a fertilidade do rebanho por causar aborto, até a qualidade e quantidade da produção de leite em decorrência de quadros clínicos de mamite, tornando-a uma doença importante pelos possíveis impactos negativos na cadeia produtiva bubalina. Além do efeito direto sobre a pecuária, principalmente a paraense, a leptospirose, uma antropozoonose, em decorrência das características do estado do Pará, que está localizado no bioma amazônico, região tropical, onde o clima favorece o desenvolvimento desta doença, pode ser considerada também um problema de saúde pública, com a possível participação do búfalo como elo importante na manutenção do ciclo da leptospirose para o ser humano.
Diante da importância da bubalinocultura como importante e emergente segmento pecuário no Brasil, em especial para estado do Pará, associado ao negligenciamento do controle, investigação e monitoramento das doenças infecciosas nestes animais, o presente estudo teve como objetivo determinar a ocorrência de anticorpos anti-leptospira em soros sanguíneos de búfalos criados no bioma amazônico paraense.