SISTEMAS DE PRODUÇÃO, AMBIENTE INSTITUCIONAL, ESTRUTURA
DE MERCADO E COMPETITIVIDADE DA OSTREICULTURA
NO LITORAL AMAZÔNICO PARAENSE
Aquicultura, criação de ostras, manejo, sistema suspenso, vantagem competitiva.
A ostreicultura vem sendo desenvolvida comercialmente no estado do Pará desde 2006, baseada na criação da espécie Crassostrea gasar (=C. brasiliana e C. tulipa) confinadas em travesseiros, utilizando predominantemente, o sistema de cultivo do tipo suspenso com mesas fixas, e o sistema suspenso com mesas flutuantes. A atividade obteve um incremento notável nos últimos cinco anos, se tornando segundo maior estado em volume de produção. É um setor recente com grande potencial, que necessita direcionar esforços para seu adequado desenvolvimento e desempenho competitivo, no sentido de ter subsídios para criar pacotes tecnológicos com sistemas de produção mais eficientes e sustentáveis, processamento e estratégias de comercialização, garantindo assim qualidade e segurança do produto para conquistar novos nichos de mercado. Para esse fim, é indispensável a caracterização dos sistemas de produção, ambiente institucional e o mercado, aspectos competitivos que são determinantes para o desenvolvimento alinhado da ostreicultura. Será realizado coleta de dados primários e secundários nas sete comunidades e respectivos empreendimentos acerca da produção: tipo de sistema de criação ou engorda, quantidade de estruturas, apetrechos utilizados, estruturas de apoio, bem com seus aspectos construtivos e demanda de manutenção, e também as condições de manejo e mão de obra empregada; comercialização: escoamento, canais, estratégias; consumo: demanda de consumo, frequência, sazonalidade, tipo de produto, preço, preferência; fornecedores: matéria prima e insumos; apoio institucional; e legalização ambiental. Os dados obtidos serão tabulados no software Microsoft® Excel 2019 e submetidos à análise descritiva de distribuição de frequência. Todo esse conjunto de informações coletadas serão analisadas detalhadamente identificando os fatores determinantes da vantagem competitiva da ostreicultura do nordeste paraense, utilizando o modelo econométrico “Diamante” de Porter. Esse modelo possibilitará analisar o setor por uma ótica estratégica, sinalizando pontos forte e fracos, além de explorar as associações como vetores de desenvolvimento em comunidades ribeirinhas e costeiras. A expectativa é que esse trabalho possa nortear as tomadas de decisão dos produtores, gestores institucionais e consumidores.