A Carcinicultura Marinha no estado do Pará: Sistemas de produção, Ambiente Institucional, Mercado e Competitividade.
Carcinocultura; Peneídeo; Mercado; Indicadores
A produção global de pescados atingiu 179 milhões de toneladas em 2018, sendo 82 milhões de toneladas vindos da aquicultura. A China continua sendo o maior produtor, no entanto, verifica-se uma tendencia de crescimento em todas as regiões. Observa-se um aumento na demanda por pescado, com taxas de crescimento acima do aumento observado para todos os outros alimentos de proteína animal, além de aumento no consumo per capita de alimentos a base de pescado. A produção mundial de pescado é dominada por peixes, mas, os crustáceos figuram entre os principais grupos produzidos. A carcinicultura marinha é a principal atividade ligada a produção de crustáceos, comumente realizada em aquicultura costeira. O Camarão-Branco-do-Pacífico Litopenaeus vannamei é o principal representante na produção paraense, brasileira e mundial. A carcinicultura marinha nacional é concentrada principalmente nos estados da região Nordeste, especialmente nos estados Rio Grande do Norte e Ceará. No Pará, a produção da carcinicultura correspondeu em 2019 a apenas 0,1% da produção nacional, e contribuiu com 1,07% da produção aquícola paraense. Caracterizar os sistemas de produção na carcinicultura marinha paraense e o ambiente institucional que regulamenta a atividade é essencial para o estudo das condições mercadológicas e da competitividade do setor. Neste sentido, este trabalho visa analisar os aspectos da produção de camarões marinhos Litopenaeus vannamei no âmbito do Pará, afim de: caracterizar os diferentes sistemas de produção em execução nos empreendimentos em atividade no Estado; avaliar a competitividade do carcinicultura marinha paraense sob a ótica do Modelo Diamante de Competitividade de Porter; analisar o ambiente institucional ao qual está inserido a carcinicultura paraense; e identificar os potenciais e as fragilidades do setor;