Consumo e digestibilidade em ovinos submetidos a dietas contendo óleo residual de fritura.
consumo, digestibilidade, óleo residual de fritura
O aproveitamento do óleo de fritura residual (OFR) na alimentação de ovinos pode se tornar uma alternativa interessante para aumentar a concentração energética das dietas, bem como, na redução dos custos, pois muitas vezes é descartado no ambiente pelos usuários, tornando-se um sério poluente. Diante do exposto, o presente projeto tem por objetivo avaliar o efeito da inclusão do resíduo do óleo de fritura residual em dietas para ovinos, e determinar a concentração ideal de óleo na dieta. O experimento será conduzido no Centro de Pesquisa em Caprinos e Ovinos do Pará da Universidade Federal Rural da Amazônia, UFRA.Serão utilizados 25 (vinte e cinco) cordeiros Santa Inês, machos não castrados, desmamados, com idade média de 90 dias e peso corporal médio inicial de 20 kg. Os animais serão alimentados duas vezes ao dia às 8 h e 16 h. As dietas experimentais serão formuladas de forma a serem isoprotéicas, atendendo as exigências de nutrientes segundo recomendações do NRC (2007), formuladas na proporção volumoso/concentrado de 50:50, sendo o volumoso composto por silagem de cana e concentrado a base de milho moído, farelo de soja, farelo de trigo, óleo de fritura residual, sal mineral, calcário calcítico, em composição variável conforme o tratamento. Serão avaliadas cinco concentrações de OFR que será proveniente de microempresários que trabalhem exclusivamente na venda de batata fritas, respeitando a normativa 8/2004 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. O óleo integrará as dietas nas concentrações 0; 2; 4; 6 e 8% da matéria seca das dietas. O período experimental terá duração de 21 dias, sendo 14 dias para adaptação ao ambiente, dieta e ajuste do consumo, cinco dias para coleta total de fornecido, sobras e fezes. As amostras compostas das sobras do alimento fornecido, da urina e das fezes produzidas serão conservadas em freezer para posterior processamento e análises laboratoriais. A determinação dos teores de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), extrato etéreo (EE) e proteína bruta (PB), serão realizadas segundo a metodologia descrita pela AOAC (1995). A análise da fibra em detergente neutro (FDN) será feita segundo métodos descritos por VAN SOEST et al. (1991) com correções dos teores de cinzas e proteína. A fibra em detergente ácido (FDA) será feita segundo VAN SOEST & ROBERTSON (1985) sequencialmente ao FDN. O delineamento utilizado será o inteiramente ao acaso, com cinco concentrações de OFR e cinco repetições por tratamento. Serão testadas as pressuposições de normalidade dos erros e homogeneidade de variância pelos testes de Cramer-von Mises e Brown e Forsythe’s, respectivamente. Os resultados obtidos serão submetidos à análise de regressão polinomial através do procedimento REG do SAS (2008) para estimar os ajustes das curvas ao nível de 5% de probabilidade.