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Banca de DEFESA: NATALINO DA COSTA SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATALINO DA COSTA SOUSA
DATA: 27/02/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Video conferência - Bragança
TÍTULO:

Doenças parasitarias de peixes ornamentais comercializados: identificação, distribuição e seus fatores de riscos.


PALAVRAS-CHAVES:

piscicultura ornamental,

exportadora,

parasitas,

odds ratio.


PÁGINAS: 160
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca
SUBÁREA: Aqüicultura
ESPECIALIDADE: Piscicultura
RESUMO:

O gerenciamento dos fatores de risco nos empreendimentos comerciais é fundamental para mitigar e controlar a proliferação e a disseminação de doenças em peixes ornamentais, porém, não se conhece o verdadeiro valor que cada risco apresenta para aumentar as chances de doenças nos peixes, podendo ocasionar surtos de mortalidade e aumento nos custos de produção. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi realizar estudos parasitológicos em estabelecimentos comerciais no estado de Sergipe e Pará, identificando e quantificando os fatores de riscos associados aos agentes patogênicos. Para tanto, no estado de Sergipe, foram coletados, bimestralmente entre novembro de 2015 a agosto de 2017, as espécies Pterophyllum scalare, Betta splendens, Xiphophorus maculatus, Poecilia reticulada e Carassius auratus em três pisciculturas e três lojas de aquarismo. No estado do Pará, foram coletados, bimestralmente entre abril de 2017 a Dezembro de 2018, as espécies Pterophyllum scalare, Symphysodon aequifasciatus, Paracheirodon axelrodi, Hyphessobrycon eques, Baryancistrus xanthellus, Ancistrus ranunculus, Xiphophorus hellerii, carassius auratus; Poecilia reticulada e Nannostomus unifasciatus em três exportadoras e três lojas de aquarismo. Durante as coletas, foram aferidos os parâmetros físico e químicos da água e aplicado questionário para a caracterização do empreendimento, manejo, nutrição e doenças. Para análises parasitológicas, os peixes foram eutanasiados e sacrificados por concussão cerebral e então, realizado exame macroscópico detalhado na superfície do corpo e microscópico, com a confecção lâmina-lamínula de muco, brânquias e órgãos internos (fígado, rim, estomago, intestino, e músculo) com solução salina a 0,65%. Posteriormente os parasitas foram quantificados, coletados e identificados ao menor nível taxonômico possível. Para tanto, no estado de Sergipe, foram coletados, bimestralmente entre novembro de 2015 a agosto de 2017, as espécies Pterophyllum scalare, Betta splendens, Xiphophorus maculatus, Poecilia reticulada e Carassius auratus em três pisciculturas e três lojas de aquarismo. No estado do Pará, foram coletados, bimestralmente entre abril de 2017 a Dezembro de 2018, as espécies Pterophyllum scalare, Symphysodon aequifasciatus, Paracheirodon axelrodi, Hyphessobrycon eques, Baryancistrus xanthellus, Ancistrus ranunculus, Xiphophorus hellerii, carassius auratus e Poecilia reticulada em três exportadoras e três lojas de aquarismo. Durante as coletas foi aplicado questionário para identificar as características do empreendimento que possam estar associadas às doenças parasitárias. Em laboratório, foram realizadas análises macroscópicas e microscópicas de 3.355 (oriundos dos estabelecimentos de Sergipe) e 2.140 peixes (oriundos do estado do Pará). A fauna parasitária dos peixes ornamentais foi composta de Ichthyophthirius multifiliis, Trichodina sp., Epistylis sp., Piscinoodinium pillulare, Myxobolus sp., Henneguya sp., Dactylogyrus sp., Gyrodactylus sp., Sciadicleithrum e Gussevia spiralocirra, Dactylogyrus intermedius, Clinostomum (metacercaria), Austrodiplostomum (metacercaria), larvas de Camallanus, Capillaria pterophylli, Cucullanus sp., Procamallanus (S) inopinatus e a ocorrência de Dermocystidium sp. somente na espécie N. unifasciatus. Para o estado de Sergipe, a maior prevalência observada foi para os monogenéticos na piscicultura para as espécies P. scalare (28,71±3,42), B. splendens (16,30±2,20) e P. reticulata (14,97±2,43) em relação a loja, com maior intensidade média para a Trichodina (12,18±2,90) e I. multifiliis (8,63±3,04) na espécie C. auratus. Em relação ao gerenciamento de risco, observou-se que o aumento de densidade de estocagem, compartilhamento de matérias (puçá, rede) e falta de higienização dos utensílios estão associados aos agentes patogênicos em todas as espécies nos dois estabelecimentos comerciais, ao qual, a falta de higienização aumenta as chances de doenças causadas por I. multifiliis em 18,22 vezes para P. scalare na piscicultura. Já para o estado do Pará, a maior prevalência (16,46±2,66%) e intensidade média (19,73±2,36) foram observadas para I. multifiliis parasitando a espécie P. axelrodi na loja, nas exportadoras a maior prevalência foi observada para o monogenético (13,39±1,16) em B. xanthellus (L18) e intensidade média para o parasito I. multifiliis (9,33±0,51) em S. aequifasciatus. Em relação aos riscos, o compartilhamento de utensílios aumenta as chances de doenças causadas por I. multifiliis em 4,29 vezes, já a densidade de estocagem aumentar a infestação de monogenéticos em B. xanthellus em 2,99 vezes, sendo observado para a espécie P. reticulata o risco de quatros fatores, com valores entre 1,88 a 4,02, para a doença causada por I. multifiliis. Já para a ocorrência Dermocystidium, foi o primeiro registro deste parasito em peixe ornamental amazônico, com prevalência de 55,8% e intensidade média de 3,38. Portanto, a quantificação dos fatores de risco associado às doenças parasitárias nos empreendimentos comerciais proporciona uma melhor gestão de risco sanitário podendo minimizar a proliferação de agentes patogênicos e a sua disseminação entre os elos da cadeia produtiva, melhorando a qualidade sanitária dos peixes.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2490593 - GRAZIELLE FERNANDA EVANGELISTA GOMES
Externo ao Programa - 1488306 - CARLOS ALBERTO MARTINS CORDEIRO
Externo ao Programa - 2244947 - DANIEL ABREU VASCONCELOS CAMPELO
Externo ao Programa - 2417425 - LORENA BATISTA DE MOURA
Externo à Instituição - DARLAN DE JESUS DE BRITO SIMITH
Externo à Instituição - FABRICIO MENEZES RAMOS
Notícia cadastrada em: 07/02/2019 11:19
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