ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE LINGUIÇA FRESCA “TIPO TOSCANA” DE CAITITU (Pecari tajacu)
caititu, animais silvestres e linguiça frescal
A Amazônia brasileira tem uma vasta extensão territorial, apresentando uma grande variedade da flora e fauna e abriga o maior número de espécies de animais, insetos e plantas encontrados no mundo (IBGE, 2005). De acordo com Pinto (2015) estudos mostram a grande relevância que tem o uso dos recursos naturais para fornecer proteínas complementares na região norte do país e em cidades que fazem fronteira com outros países. Segundo Gergoletti, (2008) a importância para a elaboração de novos produtos com finalidade alimentícia, aproveitando ao máximo a matéria-prima com o uso de novas tecnologias, garante o acesso ao alimento por pessoas das mais diversas classes sociais. Sendo um dos fatores que vem diminuindo o problema da fome no país, que ainda continua sendo uma realidade presente na vida dos brasileiros (FAO, 2015). Entende-se que aplicação de método de conservação e criação de novos produtos a partir da carne de catitu (Pecari tajacu) pode valorizar a cultura e estimular um novo mercado de iguarias sem interferir no mercado atual de carnes convencionais. Diante disto o objetivo deste trabalho visa a elaboração de linguiça frescal do “tipo toscana” como alternativa alimentar na utilização da carne de caititu, explorando um novo nicho de mercado gastronômico de carnes exóticas e alternativas, assim como analisar as características físicas, químicas, físico-químicas e microbiológicas. O estudo tem como intuito também avaliar a vida de prateleira do produto final e a intenção de compra dos provadores, além de comparar com outros tipos de linguiças comercializadas atualmente. A elaboração do produto será realizada no laboratório de tecnologia de alimentos da Embrapa Amazônia Oriental, em parceria com o laboratório de tecnologia de alimentos da Universidade da Amazônia – UNAMA. As análises serão realizadas nos laboratórios de microbiologia e bromatologia da Universidade da Amazônia – UNAMA e análise de alimentos da Embrapa Amazônia Oriental.