PERFIL DAS UNIDADES PRODUTORAS E INDICES DE SUTENTABILIDADE DA PECUÁRIA LEITEIRA DE RONDON DO PARÁ, MESORREGIÃO SUDESTE PARAENSE
leite, pequeno produtor, políticas públicas, sistemas produtivos.
O trabalho caracteriza as propriedades leiterias, avalia o nível tecnológico e a sustentabilidade através de indicadores e determina índices de sustentabilidade da pecuária leiteira (ISPL) de Rondon do Pará, Mesorregião Sudeste Paraense, Pará, Brasil, para direcionar a adoção de inovações tecnológicas que facilitem o desenvolvimento sustentável das unidades produtoras de leite do município, e dar suporte ao desenvolvimento da cadeia produtiva do leite. Os dados foram coletados a partir de entrevistas, com utilização de questionários, realizadas em 55 propriedades leiteiras, que juntas possuíam 43,3% de vacas ordenhadas do município, em 2014. Foram consideradas informações sobre identificação do proprietário; caracterização da unidade de produção e da exploração leiteira; máquinas e equipamentos; instalações e benfeitorias; sanidade do rebanho; práticas de ordenha e manejo do rebanho. Os dados foram analisados no software IBM SPSS 20.0. Estimou-se um modelo fatorial para identificar o conjunto de fatores que caracterizam a sustentabilidade da pecuária leiteira, a partir de 14 indicadores representativos das 55 unidades de produção de leite do município. Foram extraídos cinco fatores: F1 = Tamanho do empreendimento; F2 = Assistência técnica e práticas de manejo, F3 = Ambiente e Nutrição, F4 = Perfil socioeconômico e F5 = Sanidade animal, a partir dos escores associados a cada fator foi possível estimar o Índice de Sustentabilidade da Pecuária Leiteira (ISPL). Em Rondon do Pará constatou-se que a idade média dos entrevistados é de 57,41 anos. Os produtores possuem baixo nível de escolaridade, com predominância do ensino fundamental incompleto e a maioria (98%) realizava ordenha manual, e quanto à higienização da ordenha, menos de 2% lavavam as mãos, antes da ordenha, e apenas 10% higienizavam as tetas dos animais. A alimentação animal, no período chuvoso do ano, é feita a pasto, por 98% dos produtores, e apenas 2% complementaram a dieta com volumosos. As propriedades foram classificadas em três níveis de sustentabilidade: duas propriedades foram consideradas com nível alto de sustentabilidade; 13 com sustentabilidade média; e 40 com sustentabilidade baixa. Chama atenção à quantidade de propriedades consideradas de nível baixo de sustentabilidade, o que indica deficiências da atividade no munícipio. A produção leiteira utilizava baixo nível tecnológico, apesar de requer inovações, pois a produtividade média é de 5,5 litros/vaca/dia. Assim, a adoção de inovações tecnológicas pode viabilizar o crescimento da atividade no município e alinhar o produtor com princípios de sustentabilidade.