EFEITOS DE DIETAS SUPLEMENTADAS COM VITAMINA E SOBRE O CRESCIMENTO, EFICIÊNCIA ALIMENTAR E PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS DO TAMBAQUI Colossoma macropomum (CUVIER, 1818)
nutrição, DL-α-tocoferol, variáveis hematológicas, piscicultura
Com o presente trabalho objetiovou-se avaliar o efeito de diferentes níveis de vitamina E (acetato de DL-α-tocoferol, 50% ativo) sobre o crescimento, sobrevivência, eficiência alimentar e parâmetros hematológicos e fisiológicos em alevinos de Tambaqui (Colossoma macropomum). Um total de 150 peixes com média inicial de peso de 2,94 ± 0,14 g e comprimento padrão de 4,29 ± 0,07 cm foram dispostos em caixas de fibra de vidro (300L), sistema de recirculação, temperatura de 27 °C e pH, 7,0. A densidade de estocagem foi de 10 peixes por unidade experimental. Assim, foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com três repetições e cinco tratamentos, denominados pelos níves de inclusão do α-tocoferol na dieta: 0 (controle), 250, 500, 700 e 1000 mg kg-1. Os peixes foram alimentados três vezes ao dia durante 12 semanas. Os resultados indicam que os diferentes níveis de vitamina E não influenciaram a sobrevivência, o desempenho, os índices de rendimento e a eficiência alimentar dos alevinos de tambaqui. Porém, a inclusão de 1000 mg kg-1 de α-tocoferol reduziu (P<0,05) a quantidade de glicose para 80,4 ± 1,85 mg dL-1 em comparação aos tratamentos suplementados com 0 e com 250 mg kg-1 que apresentaram 117,3 ± 9,59 e 126,77 ± 18,94 mg dL-1 de glicose, respectivamente. O hematócrito, a proteína total, o número de eritrócitos, o volume corpuscular médio, a hemoglobina corpuscular média e a concentração de hemoglobina corpuscular média dos alevinos de tambaqui não foram influenciados (P>0,05) pela suplementação. Na contagem diferencial de leucócitos, não houve diferença significativa no número de linfócitos, monócitos e basófilos. Contudo, a quantidade de neutrófilos foi maior no tratamento controle (P<0,05), enquanto o número de eosinófilos e células granulocíticas especiais foi maior nos tratamentos com 700 mg kg-1 e 250 mg kg-1 de α-tocoferol, respectivamente. Apesar da suplementação com vitamina E na dieta não ter influenciado o desempenho de alevinos de tambaqui, a dieta isenta de vitamina E promoveu aumento do número de neutrófilos, demonstrando maior susceptibilidades destes peixes aos processos inflamatórios. Além disso, com base na glicemia, alevinos de tambaqui alimentados com altas concentrações de vitamina E, podem apresentar melhoras na resistência em condições de estresse.