EFEITO DA SALINIDADE E DA FREQUÊNCIA ALIMENTAR SOBRE A LARVICULTURA DOS ORNAMENTAIS AMAZÔNICOS ACARÁ BANDEIRA Pterophyllum scalare (SCHULTZE, 1823) E ACARÁ SEVERO Heros severus (HECKEL, 1840)
Cloreto de sódio, nutrição, peixe ornamental, desempenho, Artemia.
Com o estudo objetivou-se avaliar o efeito da salinidade e da frequência de alimentação no crescimento, uniformidade e sobrevivência de pós-larvas de acará-bandeira Pterophyllum scalare e acará-severo Heros severus. Foram realizados dois experimentos em delineamento experimental inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 2, com cinco diferentes concentrações de cloreto de sódio (0; 2; 4; 6 e 8 g L-1), duas frequências alimentares (2 e 4 vezes ao dia) e quatro repetições. Foi observado que a salinidade da água e a frequência alimentar influenciaram significativamente (p < 0,05) no comprimento do tronco e altura do corpo de larvas de acará-bandeira. O diâmetro do olho foi influenciado (p < 0,05) apenas pela salinidade, enquanto que o comprimento padrão final, ganho de comprimento padrão, comprimento da cabeça, comprimento do tronco, comprimento pós-anal, altura da cabeça, altura do corpo, peso final, ganho de peso, taxa de crescimento específico e fator de condição alométrico diferiram significativamente (p < 0,05) pela frequência de alimentação. Na larvicultura do acará-severo, houve diferença significativa (p < 0,05) no comprimento da cabeça, comprimento pós-anal, altura da cabeça e fator de condição alométrico pela salinidade e frequência alimentar. A salinidade da água influenciou significativamente (p < 0,05) o comprimento padrão final, ganho de comprimento padrão, comprimento do tronco, diâmetro do olho, altura do corpo, taxa de sobrevivência e uniformidade em peso. A frequência alimentar influenciou significativamente (p < 0,05) o peso final, ganho de peso e taxa de crescimento específico. Concluiu-se que as pós-larvas de acará-bandeira podem ser cultivadas com salinidade de até 4 g L-1 sem problemas ao desenvolvimento e sobrevivência. Por outro lado, as pós-larvas de acará-severo obtiveram melhor taxa de sobrevivência em água sem adição de sal. A frequência alimentar de quatro vezes ao dia com náuplios de Artemia é a mais recomendada para ambas as espécies.