ÍNDIOS E “CABOCLOS” NOS ESPAÇOS AMAZÔNICOS COLONIAIS
POR UMA CARTOGRAFIA ETNO-HISTÓRICA DA CAPITANIA DO PARÁ
(Século XVIII e XIX).
INDIOS, CABOCLOS, AMAZÔNIA, CARTOGRAFIA ETNO-HISTÓRICA
Este projeto de pesquisa, Índios e “caboclos” nos espaços amazônicos coloniais – por uma cartografia etno-histórica da Capitania do Pará (Séc. XVIII e XIX),demonstra o meu interesse em continuar a investigação das populações amazônicas na linha de pesquisa iniciada ainda na graduação, como bolsista do CNPq (2002-2004), atuando no Projeto Integrado Colonos, Camponeses, Sitiantes e Fazendeiros no Pará dos Séculos XVIII e XIX, coordenado pela Profa. Dra. Rosa Elizabeth Acevedo Marin (Núcleo de Altos Estudos da Amazônia/Universidade Federal do Pará).
Durante a graduação, foram desenvolvidos, inicialmente, dois planos de trabalho: Demografia nas Vilas de Moju, Guamá e Acará no Período Colonial; e posteriormente, Agricultura e Escravidão em Cametá no Período Colonial (1750-1838). A partir dessas pesquisas, foi iniciada a reflexão sobre a História da Família, tema do trabalho de conclusão de curso, intitulado Família de Elite: “Os Morais Bittencourt” e a Economia Agrária na Cametá Setecentista (1750-1790).
A experiência adquirida na Iniciação Científica foi fundamental para o ingresso, em 2006, no Mestrado do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, da UFPA. Tal percurso resultou na dissertação intitulada Apontamentos para História da Família e Demografia Histórica da Capitania do Grão-Pará (1750-1790), orientada pelo Prof. Dr. Antônio Otaviano Vieira Jr., do PPHIST-UFPA.
Neste último trabalho buscou-se mapear alguns elementos e indicadores para História Social da Região que compunha a Capitania do Pará valendo-se de alguns elementos metodológicos entre história e a demografia. Parte-se da trajetória da família de elite “Moraes Bittencourt” para então, posteriormente, reconstituir a história socioeconômica dessa Capitania através das informações fornecidas pelo Recenseamento de 1778. Tal estudo revela-se importante para História Regional e Nacional, pois tenta traçar um perfil sócio-demográfico das elites da Capitania do Pará comparando com os indicadores que marcavam outros grupos socioeconômicos (pobres e possibilidades medianas) que compunham a sociedade naquele período a partir da análise de uma lista nominativa até hoje pouco explorada na historiografia da Amazônia colonial que foi o recenseamento de 1778, contribuindo assim para estudos da família e demografia histórica amazônica.