SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE EXTRAÇÃO SUPERCRÍTICA DO ÓLEO DE TUCUMÃ-DO-PARÁ (Astrocaryum vulgare) USANDO ASPENHYSYS
óleo de tucumã-do-Pará; extração supercrítica; simulação; aspenHYSYS.
A adaptação da industrialização no formato da economia sustentável, o avanço tecnológico e os benefícios computacionais têm motivado o uso de simuladores de processo para avaliar o potencial de espécies oleaginosas nativas da região Amazônica através de simulações rápidas e automatizadas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi aplicar o simulador AspenHYSYS para descrever o processo de extração do óleo de tucumã-do-Pará usando dióxido de carbono supercrítico como solvente. A viabilidade das simulações do processo de extração do óleo de tucumã usando os modelos matemático de Menezes et al. (2023) e Tan e Liou (1989) foram avaliadas comparativamente com dados experimentais previamente selecionados da literatura. As simulações da extração supercrítica do óleo de tucumã-do-Pará constataram que o modelo de Menezes et al. (2023) foi adequado para descrever os dados cinéticos experimentais para todos os sistemas avaliados, os quais apresentaram RSD com menor valor de 0,57. O custo energético e material foi calculado e o valor obtido (2,82 R$/g de óleo) aliado a alta concentração de bioativos no produto demostram que o processo estudado apresenta um custo-benefício positivo. Foi realizado o aumento de escala para leitos 1, 5, 10 e 50L. Para leitos de até 10L obteve-se uma projeção adequada do processo considerando que os desvios obtidos foram menores que 1, porém, para 50L, o ajuste apresentou desvio de 58, podendo inferir que o modelo utilizado apresenta um limite de escalabilidade. As simulações da extração supercrítica do óleo de tucumã-do-Pará, utilizando o AspenHYSYS, conduziram a valores coerentes com os dados experimentais, podendo afirmar que a planta estudada se mostrou uma ferramenta eficaz para o estudo processo.