Desenvolvimento de uma metodologia para minimizar o consumo específico de motores diesel operando com combustível local.
Motores diesel. Simulação. Consumo específico de combustível.
Os motores diesel, em operação na região amazônica atualmente, foram desenvolvidos para operar em condições atmosféricas diferentes das condições regionais (principalmente umidade e temperatura) e para combustíveis diferentes dos ofertados atualmente no Brasil. Esses motores são projetados para operarem com diesel puro, logo, todos os pontos de operação, como ponto de injeção de combustível, pressão de injeção de combustível, duração da injeção de combustível, carga, rotação, vazão de arrefecimento, entre outros, são calibrados para terem melhores pontos de eficiência nesses motores. No Brasil, o diesel vigente é o B7 que possui 93% de diesel e 7% de óleo vegetal, esse combustível possui um poder calorífico inferior (PCI) de 39,2 MJ/kg que é menor em comparação ao diesel puro, que possui um PCI de 42,3 MJ/kg. Isso acarreta a mudança de todos os pontos de operação do motor, tendo como resultado um rendimento menor e um maior consumo de combustível. É necessário então modificar as condições de operação para, assim, baixar os consumos específicos atuais. A modificação dos parâmetros operacionais dos motores para maximizar o seu desempenho com o combustível disponível requer o uso simultâneo de técnicas computacionais e experimentais.
O objetivo desse trabalho é desenvolver uma metodologia para diminuir o consumo específico de combustível em motores diesel, operando com combustível local, utilizando apenas parâmetros operacionais do motor, como: tempo de injeção de combustível, pressão de injeção de combustível, pressão no coletor de admissão de ar, entre outros, através da simulação de um motor laboratorial utilizando um software comercial.
Em motores de ignição por compressão, um dos principais fatores que afetam a combustão é o atraso de ignição do combustível; a calibração de parâmetros de operação afeta as condições de pressão e temperatura no interior do cilindro, diminuindo o atraso de ignição. Quando se atinge pontos ótimos de operação, tem-se como resultado o decréscimo do consumo específico e um aumento da eficiência térmica.