A redução de investimentos nos segmentos de geração e transmissão, e o aumento no consumo de energia elétrica, principalmente a partir da década de 1980, levaram os sistemas elétricos de potência a operar cada vez mais estressados e próximos dos seus limites operacionais, contribuindo para um fenômeno ignorado naquela época: a estabilidade de tensão. Com a evolução das tecnologias e principalmente das fontes de geração de energia conectadas ao sistema via conversores eletrônicos, com destaque para as usinas fotovoltaicas, novos aspectos foram inseridos nos estudos relacionados ao fenômeno da estabilidade. Ainda há muito a ser desenvolvido e pesquisado acerca da relação entre usinas fotovoltaicas e a estabilidade do sistema elétrico de potência, além disso, poucos trabalhos têm avaliado o problema da estabilidade de tensão de longo prazo considerando a geração a partir de usinas fotovoltaicas. O presente trabalho visa mostrar o impacto de usinas fotovoltaicas, conectadas junto ao sistema elétrico de potência, na estabilidade de tensão de longo-prazo utilizando simulação completa no domínio do tempo. O efeitode diferentes níveis de penetração da geração fotovoltaica é investigado. Equipamentos como transformadores com comutação de tape sob carga (OLTC, do inglês, "On-Load Tap Changer"), limitadores de sobrecorrente de excitação (OEL, do inglês, "Overexcitation Limiter"), cargas estáticas, cargas dinâmicas são levados em consideração nas análises, pois afetam significativamente a estabilidade de tensão de longo-prazo. As investigações são realizadas por meio do uso do software de análise de rede (ANAREDE) e do software de análise de transitórios eletromecânicos (ANATEM), desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL). O modelo dinâmico da General Electric, disponível na base de dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), é adotado nas simulações. O sistema de potência teste utilizado para resultados preliminares é um sistema fictício baseado no sistema Nórdico e Sueco, denominado Nordic.