Nanofiltração de Hormônios em Nanotubos de Carbono: um estudo de dinâmica molecular
Nanofiltração, Disruptores Endócrinos; Nanotubo de Carbono, Dinamica Molecular; Hormônios Esteróides
As estações de tratamento de esgoto coletam diversos efluentes e realizam a filtração seletiva de moléculas que podem contaminar o meio ambiente. Os processos de separação iniciam por partículas maiores até às nanopartículas. Entre as moléculas mais estudadas como disruptores endrócrinos estão os hormônios femininos, sendo os hormônios o grupo de moléculas mais pesquisadas pelas graves consequências de sua ação desreguladora endócrina. Quando águas superficiais recebem efluentes com traços de hormônio e esta água abastece uma população as moléculas de hormônio causarão doenças por ação deletéria no sistema endócrino que regula todos os sistemas do corpo e a reprodução. Este estudo de dinâmica molecular traz a proposta de nanofiltração de águas residuais contaminadas por hormônios a partir de um estudo de simulação, em que água e hormônio foram filtrados em um CTN single-wall com oito diferentes campos elétricos. O tempo total dos ciclos de simulação, por molécula de hormônio, foi de 800 ps. Os hormônios estudados foram os sete mais citados como Desreguladores Endócrinos: estrona, estradiol, estriol, progesterona, etinilestradiol, dietilbestrol e levonorgestrel. Os resultados indicam que é possível criar sistemas de nanofiltração para remover hormônios sintéticos e naturais de águas residuais utilizando CTN ativados pelos sete campos elétricos que obtiveram os melhores resultados nesta simulação, que foram os campos elétricos compreendidos entre 10-8 unidades atômicas até 10-2 unidades atômicas.