O lugar que me conta: Fenomenologia da arquitetura e poética do habitar nos apartamentos do Ed. Banna (Belém-PA)
arquitetura; fenomenologia; Belém; habitar; poética
Este trabalho trata da investigação, a partir de uma abordagem fenomenológica, de como os atravessamentos imateriais da arquitetura (memória, afeto, percepção e sensação) permeiam a relação sujeito-espaço nos apartamentos do edifício Banna e revelam os sentidos e a poética do habitar. Estes atravessamentos imateriais podem ser definidos como os aspectos intangíveis que fluem, permeiam e substanciam a arquitetura, sendo vinculados ao lugar. O lugar/lugar habitado se insere na Dimensão Experiencial/Existencial da arquitetura. É nessa dimensão que se dá a experiência sensível da arquitetura, que gera narrativas subjetivas da relação morador-apartamento (dados estes que serão coletados nas entrevistas). Estes relatos revelam a poética do habitar, e mostram que a arquitetura pode ser escrita e narrada, ao invés de ser representável apenas gráfica ou tecnicamente, indo ao encontro dos preceitos da
“Arquitetura sem Linhas”. Para tanto, será necessário, primeiramente, compreender a importância do Ed. Banna na historiografia da Arquitetura Moderna em Belém. Isto porque foi justamente dentro da produção arquitetônica moderna, a partir da década de 1950, que se iniciaram debates sobre uma nova humanização da arquitetura, o viabilizou a aproximação da disciplina com outras áreas de conhecimento, tal como a fenomenologia.