Desenho Ambiental: Condomínios fechados horizontais ecológicos da RMB
Condominios fechados horizontal ecológico. Análise urbanísco-ambiental.
Encontramos na Região Metropolitana de Belém (RMB), várias formas de ocupação do território. Uma estrutura específica que nos chama a atenção encontra-se nos condomínios horizontais fechados e autointitulados “ecológicos” – topônimos utilizados para denominação dos condomínios com a intenção de promover a significação e percepção de lugar remetendo a aspectos de qualidade de vida, contato com a natureza e status que identificam comercialmente esses empreendimentos, embasados no ideário naturalista. Esse tipo de estrutura apresenta, além dos já identificados e usuais entraves espaciais associados à tipologia condomínios fechados (como a funcionalidade viária, a acessibilidade e o desenho urbano segmentado), interferências ambientais ocasionadas pela expansão dispersa da urbanização, refletindo o avanço de áreas impermeabilizadas que influenciam negativamente no regime hidrológico das bacias hidrográficas. A pesquisa propõe a análise urbanístico-ambiental de abordagem “compreensiva” na escala das bacias hidrográficas urbanas em que estão inseridas essas estrtuturas. O estudo é uma tentativa de articular aspectos da abordagem teórico-metodológica que Ian L. McHarg reabilitou na década de 1960 denominada de “compreensiva” posteriormente, que propõe um Urbanismo e um Planejamento Regional próximos da Ecologia, utilizando uma modalidade de planejamento urbano ambiental empenhando em conhecer os processos naturais, tentando emular os mesmos favoravelmente à ocupação, de modo que os elementos naturais não interfiram negativamente na ocupação humana e vice-versa.