Paragominas: uma cidade nova na Amazônia Desenvolvimentista
Paragominas; Cidade Nova; Amazônia; Desenvolvimentismo; Urbanismo;
Embora a Amazônia Legal tenha sido um espaço de experiências contínuas de órgãos governamentais entre as décadas de 1960 e meados da década de 1980, as pesquisas sobre a história do urbanismo na Amazônia ainda são escassas e por conta das especificidades regionais, faz-se necessário olhar com mais atenção aos significados que o urbanismo tem enquanto ciência e quanto à sua aplicação nesta região. O objetivo principal desta dissertação é o de situar a criação do Município de Paragominas-PA, em meados da década de 1960 no contexto desenvolvimentista de transformação socioeconômica e de colonização da Amazônia Legal. O problema de pesquisa se deu através da percepção de um equívoco registrado na principal referência historiográfica do município, relacionando a origem de seu plano piloto ao concurso de projetos para Brasília e atribuindo a sua autoria ao arquiteto Lúcio Costa, na verdade autor do projeto vencedor. Como objetivos específicos pretende-se analisar a escolha do sítio e a função que o município deveria desempenhar em virtude da abertura da Rodovia Belém-Brasília e por fim, corrigir o equívoco de autoria do plano piloto, analisando os preceitos urbanísticos contidos em sua elaboração. Como procedimentos metodológicos, optou-se pelo método da história estrutural, elaborado pelo historiador francês Fernand Braudel, no qual se estabelece a divisão tripartite do tempo histórico: a duração breve (tempo acontecimental), a média duração (tempo conjuntural) e a longa duração (tempo estrutural). Na estruturação do trabalho adotou-se os atributos de Cidades Novas desenvolvidos por Ricardo Trevisan em sua tese doutoral: Desejo, Função, Lugar, Projeto, Autor e Tempo.