Pigmentos Pozolânicos produzidos a partir de misturas de lama vermelha e caulim para argamassas e concretos coloridos
Lama vermelha. Resíduos. Caulim. Pozolanas. Pigmentos. Concreto colorido.
O Estado do Pará tem como principal atividade econômica a mineração, produzindo uma grande quantidade de resíduos de lama vermelha (LV) e caulim que todos os anos são depositados em lagoas de sedimentação, correndo riscos de acidentes ambientais. Estudos recentes mostram que a LV pode ser reutilizada como sendo um pigmento com características pozolânicas. O caulim também quando calcinado alcança propriedades pozolânicas ideias para a produção de argamassas. No entanto, a LV apresenta uma grande quantidade de sódio solúvel oriundo do processo Bayer. Porém calcinando a LV misturada com o caulim faz com que ocorra a redução de sódio da LV através da reação de sinterização deste elemento com aluminossilicatos proveniente do caulim incorporado durante a fabricação do pigmento (queima e moagem), sendo assim o caulim um material muito fino constituído de argila caulinítica bem cristalizada, obtendo resultados satisfatórios no que tange a imobilização do sódio solúvel e às propriedades obtidas de pigmentação e durabilidade. Para o trabalho foi investigado a microestrutura e as propriedades tecnológicas do uso desses dois materiais como novos pigmentos em argamassas coloridas, comparando-os com um pigmento comercial. Para tal, foram feitas inicialmente as caracterizações química, física e mineralógica “in natura” e calcinada da LV e do caulim, assim como ensaios para avaliar a atividade pozolânica com diversas proporções dos materiais avaliados. Na sequência serão feitos ensaios para avaliar o teor de incorporação de caulinita da solubilização do sódio presente na LV e a evolução da cor em argamassas coloridas submetidas ao intemperismo através do método CIELAB (parâmetros L*b*a).