Arquitetura moderna, modernização e os modos de morar em Belém: um estudo do edifício Manuel Pinto da Silva
Belém; Edifício; Modernidade
As políticas governamentais a partir da década de 1930 incentivaram e patrocinaram a introdução da arquitetura moderna. Desse modo, as novas obras possibilitaram que as algumas cidades se tornassem modelos da modernização, como Rio de Janeiro e São Paulo. Na cidade de Belém, essas obras de modernização ocorreram na área central, mais precisamente na então Avenida 15 de Agosto (atual Presidente Vargas) que se tornou símbolo da modernização nos anos 1940, com a construção de edifícios verticalizados de uso institucional, comercial e misto. A modernidade estava incorporada às novas necessidades da sociedade, que buscava um novo modo de vida moderna. O objetivo deste trabalho é estudar a modernização na cidade de Belém observada entre as décadas de 1940 e 1960 a partir do estudo de caso do Edifício Manuel Pinto da Silva, localizado na confluência de quatro Avenidas importantes para a cidade, sendo uma delas a antiga Avenida 15 de agosto. Como metodologia utilizada, adotou-se a estratégia combinada com abordagens histórico-interpretativa e da pesquisa qualitativa. Por meio de documentos de fontes primárias pôde-se compreender as tramas históricas que culminaram em sua construção e elaborar redesenhos que permitiram além da produção de documentação gráfica, a interpretação arquitetônica da obra. Ambas formas de pesquisa auxiliaram na compreensão dos processos de concepção das novas moradias verticalizadas que se iniciaria na década de 1940 em Belém. Por meio dos estudos e análises procurou-se evidenciar o contexto em que o Edifício foi construído, suas inovações e particularidades, como significativo patrimônio arquitetônico da cidade, a ser conhecido e protegido.