Sanatório Domingos Freire: memória da exclusão e a criação de novos espaços urbanos na 1ª légua de Belém.
Sanatório, arquitetura, etnografia, memória, Belém-PA.
Esta pesquisa analisa a relação entre a história da assistência à saúde e a arquitetura, aprofundando o olhar sobre o início da construção dos Sanatórios. A forma que esses espaços passam a ser necessários diante de mudanças políticas, econômicas e culturais, e como consolidam-se no Brasil, chegando, consequentemente, a cidade de Belém do Pará que inaugura em 1901 o Sanatório Domingos Freire. Tem-se por objetivo estudar a memória do Sanatório Domingos Freire, pelos vestígios presentes, vislumbrando compreender como esse espaço é rememorado atualmente e como faz parte da trajetória de mudanças urbanas da cidade de Belém, da cultura médica e paraense, foi adotado como método de pesquisa a etnografia. Esse passado foi trabalhado, experienciando o locus de existência do Sanatório Domingos Freire, terreno hoje do Hospital Universitário João de Barros Barreto, chegando a conclusão, por meio das narrativas dos atores locais, que o apagamento material do primeiro sanatório da capital paraense silenciou sua memória. No entanto, ainda hoje, os estigmas relacionados à instituição vivem no imaginário da população em relação ao HUJBB, demonstrando o importante valor documental do Hospital de Isolamento Domingos Freire para compreensão da memória da cidade de Belém.