Contrapiso Autonivelante: uma proposta para produção racionalizada de pisos de edificações
argamassa autonivelante, contrapiso flutuante, desempenho acústico, Impacto acústico sobre pisos
As mudanças ocorridas na economia do Brasil durante a década 1990 provocaram significativas transformações na indústria da construção civil. A abertura do mercado e a chegada de empresas multinacionais com novas tecnologias e inovações na forma de gestão ampliando a competitividade no setor. Houve uma busca constante e indiscriminada por novas tecnologias, o que contribuiu para o aparecimento de problemas patológicos nas edificações, pois não existia um padrão mínimo de desempenho, que garantisse uma qualidade. O contrapiso autonivelante está entre estas novas tecnologias que vem sendo utilizada sem controle dos parâmetros reológicos das misturas e dosagem inadequada provocando aparecimento de fissuras, baixa resistência a aderência e abrasão, pega e endurecimento retardado, o emprego de baixo teor de finos, segregação durante o bombeamento e destacamento da argamassa. Com a entrada em vigor da norma de desempenho NBR ABNT 15575 (2013), os construtores devem se preocupar com a execução de sistemas de um contrapiso que satisfaçam não só os parâmetros tecnológicos como também as condições de desempenho acústico ou pelo menos o nível mínimo exigido. Neste contexto, o trabalho tem como objetivo desenvolver uma argamassa autonivelante com propriedades satisfatórias tanto no estado fresco quanto endurecido e avalia-la do ponto de vista do desempenho acústico em sistema de contrapiso flutuante. A pesquisa foi dividida em duas etapas. Na primeira etapa a elaboração de misturas de argamassa autonivelante com seis (06) composições diferentes com acréscimo de fíler calcário ao cimento, variando o percentual de aditivo expansor e de promotor de aderência (adesivo acrílico). Estas misturas serão analisadas no estado fresco (consistência, tempo de retenção de fluxo, teor de ar incorporado, densidade aparente e exsudação) e no estado endurecido (resistência à compressão, resistência de aderência, densidade de massa aparente, resistência à tração na flexão e de retração). A segunda etapa consistirá em ensaio de impacto sobre superfície composta de contrapiso fabricado com a argamassa autonivelante que obteve melhor resultado na primeira etapa em duas situações distintas: contrapiso aderido ao substrato e contrapiso flutuante.