ANÁLISE URBANÍSTICO-AMBIENTAL DA BACIA DO ARIRI: Possibilidades e dificuldades no uso de estratégias alternativas de drenagem urbana
bacia hidrográfica do Ariri; drenagem urbana; planejamento urbanístico-ambiental
O processo de urbanização na Região Metropolitana de Belém associado ao caráter tipicamente plano do sítio, presença marcante de rios e alto índice de pluviosidade, têm agravado fenômenos de inundação e alagamentos na região. Esses problemas geram impactos de cunho ambiental e social nas cidades, haja vista que as soluções frequentemente adotadas se resumem em medidas conservadoras de drenagem urbana que além de eliminarem o aspecto natural dos cursos d’água, resultam no reassentamento de populações pobres que historicamente ocupam essas áreas ambientalmente sensíveis. Tais medidas, no entanto, não resolvem efetivamente o problema da drenagem urbana, antes tendem a transferi-lo de um ponto a outro. Desse modo, selecionou-se como área de estudo a microbacia hidrográfica do Ariri, que se situa no limite entre os municípios de Belém e Ananindeua e abrange dois importantes eixos de crescimento urbano (Rodovia Augusto Montenegro e Br-316), recebendo nos últimos anos diversos empreendimentos habitacionais devido ao seu estoque de terras. Logo, o objetivo desta pesquisa é analisar historicamente o processo de urbanização na bacia do Ariri, a fim de compreender a relação entre a formação e organização dos elementos da morfologia urbana e suas influências sobre as principais variáveis relacionadas a produção excedente de escoamento superficial, fator decisivo no agravo de fenômenos de inundações e alagamentos. A metodologia utilizada envolveu pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa de campo, além de utilizar como auxílio ferramentas de geoprocessamento (QuantumGis), de tratamento de imagens (Photoshop Cs6) e aplicativo de mapas 3D (Google Earth Pro). Os resultados da pesquisa buscam identificar as potencialidades e dificuldades do uso de estratégias “compreensivas” de drenagem urbana no planejamento da bacia, a fim de mitigar o problema das cheias, com menor custo, impacto social e ambiental.