Impactos de Vizinhança sobre a Formação de Microclimas Urbanos Promovidos pelo Fenômeno da Verticalização em Belém
Temperaturas superficiais; ilhas de calor urbano; urbanização; sensoriamento remoto infravermelho; Trocas térmicas; rugosidade urbana, Belém
O fenômeno da urbanização está em crescente avanço, e promove profundas mudanças no meio ambiente, sobretudo no que tange à reconfiguração da superfície na formação da camada de rugosidade urbana, com o estabelecimento de novas edificações, diferentes padrões de uso e ocupação do solo, necessidade de revestimentos impermeáveis constituintes da malha urbana, inserção de elementos de atividade antrópica e consequentemente a geração de novas fontes de calor e diferentes respostas das mais variadas superfícies urbanas à radiação solar. Isto gera trocas de calor no interior das cidades, influenciando diretamente no balanço energético urbano, na formação de ilhas de calor e, consequentemente nas condições de conforto térmico da população, enfatizado neste trabalho para a escala do pedestre. De modo a analisar o comportamento destas trocas térmicas combinaram-se informações registradas a partir de scanneamento de imagens térmicas para uma parcela em microescala no bairro do Marco, em Belém – Pará a dados gerados por sensores instalados em mini abrigos climatológicos para aferição de dados de temperatura de bulbo seco (condições de ar-sombra) e temperatura de globo (temperatura radiante). Os dados foram organizados em histogramas de frequência de ocorrência, que permitem discretizar os padrões de temperatura encontrados para cada elemento observado, e compreender o comportamento das classes de temperatura encontradas para cada tipo de superfície.